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COVID 19 e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P)

publicado: 19/08/2020 15h43, última modificação: 19/08/2020 15h43

Devido à multiplicação dos episódios de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) no País, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota de alerta para comunicar aos especialistas sobre a obrigatoriedade da notificação desses casos ao Ministério da Saúde. 

Conforme ressaltou a entidade, essa grave repercussão no organismo de crianças e adolescentes está provavelmente associada à Covid-19, uma vez que acontece em dias ou semanas após a infecção pelo novo coronavírus.

Elaborado em conjunto pelos Departamentos Científicos de Infectologia, Reumatologia, Cardiologia, Terapia Intensiva e Emergência da SBP, o documento também traz informações sobre como realizar o diagnóstico e o tratamento da SIM-P.

De modo geral, as características clínicas da doença são semelhantes às manifestações da síndrome de Kawasaki, síndrome de choque associada à síndrome de Kawasaki, síndrome de ativação macrofágica e síndrome de choque tóxico.

“A SIM-P é multissistêmica, pois envolve ao menos dois órgãos e sistemas. Além de febre persistente, um amplo espectro de sintomas, muitos destes potencialmente graves, tem sido referido nos pacientes, entre eles: alterações cardiovasculares; renais; respiratórias; hematológico; gastrointestinais; mucocutâneo; e outras”, cita o documento.

DIAGNÓSTICO – Diante dessa variedade de manifestações, a nota de alerta apresenta uma tabela, na qual estão dispostos os critérios propostos pelo Ministério da Saúde para o adequado diagnóstico da SIM-P. Além disso, doenças como sepse bacteriana, síndrome da pele escaldada (SSS), síndrome de Kawasaki, lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESL) e outras devem ser consideradas na avaliação de diagnóstico diferencial.

De acordo com a publicação, a decisão pela hospitalização do paciente deverá ter como base diversos fatores. A internação está indicada nos casos suspeitos que apresentam sintomas moderados ou graves e naqueles em que existem indícios de risco para complicações, como desconforto respiratório, alteração de sinais vitais, choque, sinais de desidratação, marcadores inflamatórios muito alterados e mais.

“Crianças e adolescentes com SIM-P podem apresentar rápida progressão para formas graves da doença. Desta forma, o manejo oportuno em locais com infraestrutura e equipe pediátrica multiprofissional – incluindo emergencistas, intensivistas, cardiologistas, infectologistas, reumatologistas, imunologistas, nefrologistas, neurologistas, gastroenterologistas e hematologistas – assume fundamental importância para um melhor prognóstico destes casos”, concluiu o documento.

Clique aqui para acessar o documento.