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Campanha Julho Amarelo 2021: "Não vamos deixar ninguém para trás"

publicado: 15/07/2021 10h13, última modificação: 15/07/2021 10h13

A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

Com o objetivo de incentivar o diagnóstico de hepatites virais, principalmente B e C, e cumprir a meta de eliminar a doença até 2030, defendida pela OMS/OPAS, o IBRAFIG- Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado lança campanha nacional “Não Vamos Deixar Ninguém Para Trás”.  

Segundo a OPAS, cerca de 1 milhão  de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência das hepatites virais, com 3 milhões de novos infectados ao ano.  No Brasil, segundo IBRAFIG, cerca de 1 milhão de pessoas têm hepatites virais e que desconhecem ser portadoras desta doença, que é silenciosa e pode levar à cirrose e ao câncer de fígado.

Juntas, as hepatites B e C respondem por cerca de 74%1 dos casos notificados de hepatites virais no país –  sozinha, a hepatite C  é responsável por mais de 76% das mortes das hepatites virais, no período de 2000 a 2018, segundo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2020, o mais recente editado.

Hepatite C tem cura e pode ser diagnosticada e tratada pelos serviços públicos e privados de saúde. A hepatite B tem vacina e tratamento com medicações que interrompem a progressão da doença.

Devem fazer o teste para hepatite C, entre outras:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos; ou que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993, ou  usuárias de drogas injetáveis, ou que compartilham agulhas injetáveis,  ou submetidas a procedimentos de tatuagens, piercings ou de escarificação, com material não descartável, ou sem o devido cuidado sanitário;
  • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais, ou com múltiplas doenças sexualmente transmissíveis
  • Pessoas que admitem elevado consumo de álcool

“Das hepatites virais, a C não tem vacina,  mas desde meados de 2015 tem tratamento que pode eliminar o vírus em quase 100% dos casos”, informa Dr. Jarbas Barbosa, vice-presidente da OPAS, em depoimento para campanha. “Por isso, é importante detectar e tratar a doença precocemente, isto é, quando os danos ao fígado e a outros órgãos ainda podem ser controlados. Com a detecção precoce e  tratamento adequado, vamos cumprir a meta desafiadora de eliminar a doença até 2030”.

Segundo o IBRAFIG, atualmente, a hepatite C é transmitida principalmente pelo compartilhamento de objetos perfuro-cortantes. A maioria da população infectada desconhece a condição e a provável fonte de contaminação.

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Hepatologia; BVS- Ministério da Saúde