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Lugar da Informação, do Conhecimento e da Aprendizagem

Conheça um pouco as atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão LICA
publicado: 20/05/2020 09h33, última modificação: 20/05/2020 09h33

     Lugar da Informação, do Conhecimento e da Aprendizagem (LICA) é um projeto de extensão vinculado à Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Agrárias (BSCCA), localizada na cidade de Areia/PB, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

      Entendendo a extensão como um dos pilares da universidade e que deve estar associado à pesquisa e ao ensino o projeto LICA tem como objetivo contribuir na construção de sentido para a investigação científica, desenvolvendo a competência crítica em informação, estimulando o potencial criativo e o empoderamento na pesquisa e na escrita de trabalhos acadêmicos e escolares.

      A equipe do projeto é composta por bibliotecários, professores e alunas da graduação em Química do Centro de Ciências Agrárias da UFPB. Coordenado pelo bibliotecário Edilson Targino, tem como coordenadora adjunta a bibliotecária Juccia Nathielle, e a colaboração da bibliotecária Magnólia Felix e a professora Sheila Farias, conta ainda com as alunas extensionistas a bolsista Maria Luana e a voluntária Nathália Tavares. Conheço um pouco mais da equipe clicando aqui.

      Inicialmente as atividades do projeto foram pensadas para serem realizadas de modo presencial, mas diante da pandemia da covid-19 as ações foram repensadas para atingirmos o maior número de pessoas. Nesse sentido, foi criado o #ColetivoDeSaberes que consiste em uma série de conferências virtuais proporcionando compartilhamento de informações, formações de saberes, discussões e debates com um público bastante heterogêneo de diversas localidades do país e da América do Sul.

       No mês de abril foram realizadas quatro (4) webconferências dentro da ação do #ColetivoDeSaberes. O objetivo principal dos organizadores, frente a esta pandemia, além de preparar a equipe extensionista do projeto, consistiu em aproximar e possibilitar a troca de experiências e de conhecimento através da plataforma virtual, pois acredita-se na importância do estudo no período de quarentena, enriquecendo cada vez mais as discussões e as intervenções acerca da educação pública.

 

Webconferência - Práticas de ensino em bibliotecas

   A primeira teve como tema “Práticas de ensino crítico em bibliotecas: é possível construir coletivamente o conhecimento à distância?” proferida pela mestra e doutoranda em Ciência da Informação, Andréa Doyle. Para conferencista a informação crítica é obtida em mídias tradicionais, livros/discos/filmes, redes sociais digitais, pessoas e objetos. De cunho publicitário, institucional empresarial, emocional, artístico, filosófico, podendo formar mais pessoas solidárias, empáticas, comprometidas com a ética, bem-estar, justiça social, entre outros, com um leque de oportunidades.

 

            

       

 

A segunda conferência foi realiza no dia 20 de abril, teve como tema “Dar voz à experiência:

Webconferência - Dar voz à experiência

 diálogos entre extensão e comunicação na educação pública” e contou a colaboração da jornalista do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e mestra em Ciências Sociais, Rafaela Vasconcelos. Nesta conferência foram discutidas experiências voltadas para a extensão, ressaltando as vantagens e os desafios que a extensão enfrenta no tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão). Rafaela apresentou ações de extensão voltadas para a comunicação social desenvolvimento na periferia da cidade de Recife/PE e também no IFPE/Campus Barreiros, onde coordenou o projeto que discutia a democratização da mídia e possibilitou a produção de mídia por jovens comunicadores e comunicadoras na região da zona da mata sul de Pernambuco.

     Para Rafaela foi um grande prazer poder falar sobre comunicação e extensão nesse ciclo de webconferências. Confesso que não imaginava que teríamos um espaço tão interativo, com a participação de um público tão diverso e interessado. Fiquei muito feliz e honrada de ver estudantes e profissionais de diferentes áreas e regiões do Brasil interagindo ali comigo de forma tão generosa.  Destacou ainda  que diante de uma pandemia mundial e de um processo de isolamento social, iniciativas como essa são extremamente necessárias e inspiradoras. Elas nos mostram que a tecnologia pode ser uma grande aliada nas estratégias de reinvenção e resistência da extensão universitária e da educação pública nesse contexto que estamos vivendo no país e no mundo.

 

 

      A terceira webconferência foi proferida pela Professora Doutora Robéria de Lourdes de Vasconcelos Andrade sobre “Fontes de informação para a pesquisa científica”. 

Robéria que é docente da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), atuando no curso de biblioteconomia, comentou sobre a comunicação científica ressaltando que a pesquisa é vital para o desenvolvimento da ciência. Explicou os três tipos de fontes de informação: primária, secundária e terciária. Destacou ainda que a internet não é um tipo de fonte, mas sim uma ponte para os tipos de fontes. As fontes de informações gerais e especializadas com fontes impressas e eletrônicas. Explicando as descrições das fontes, como periódicos científicos eletrônicos; bases de dados; bibliotecas digitais, entre outros. Essa atividade foi reservada apenas para os membros extensionistas da Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Agrárias (BSCCA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

 

     A quarta atividade teve como temática “Práticas informacionais e a produção acadêmica para diversidade”, realizada no dia 30 de abril e proferida pelo mestre e doutorando em Ciência da Informação Laelson Felipe. Na oportunidade Laelson compartilhou seus conhecimentos sobre as práticas informacionais e a produção acadêmica no contexto da diversidade, referindo a inserção de sujeitos e sujeitas que ao longo dos tempos foram e são marginalizados na produção acadêmica, explorou ainda conceitos como epistemicídio e descolonização do pensamento científico. 

Web03 - Práticas informacionais

 Para Laelson Felipe a webconferência foi uma uma oportunidade singular para absorção e compartilhamento de conhecimentos necessários à construção de uma perspectiva contextualizada da sociedade. 

Os ricos diálogos promovidos na ocasião permitiram expandir a compreensão do conceito de 'diversidade', visto que, foram abordadas, mesmo que de maneira breve, questões raciais, de gênero e de classe. O que ocorreu a partir de múltiplas perspectivas que também nos auxiliaram na análise dos impactos na produção acadêmica, que ao longo de anos tem omitido ou apresentado de maneira negativa sujeitos e sujeitas historicamente subalternizados. 

Compreendo, que participar de um momento como este, no qual a diversidade se expressa no exercício coletivo da construção do conhecimento, é algo de valor incomensurável. E certamente, nesta ocasião, foram plantadas sementes que em tempo oportuno florescerão e frutificação para tornar a ciência mais diversa, inclusiva e forte. Contribuindo para o necessário e digno (re)aparecimento daqueles e daquelas que foram, há muito, apagados e apagadas dos artigos, dos livros, da ciência e da memória da nossa terra, destacou o conferencista.

 

 

       Considerando o contexto de pandemia e medidas restritivas de circulação as atividades foram propostas para atender as demandas de ações de extensão que pudessem envolver toda comunidade acadêmica e, sobretudo, para além dos muros da universidade.

      Para Natália Tavares, extensionista do projeto, as atividades têm sido desenvolvidas de maneira bastante positiva. Ela tem percebido aquisição de novos conhecimentos que irão contribuir em sua formação profissional e possui grandes expectativas em relação a sua contribuição com o crescimento do projeto.

     Ao todo foram mais de 190 inscrições para as webconferências e aproximadamente uma média de 50 participantes por atividades dos diversos lugares do país e da América do Sul. De modo geral as atividades tiveram uma boa recepção por parte do público, como destacou Jairo Viana, bibliotecário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) “Olha, em tempos de quarentena e vocês aparecem com uma apresentação bem dinâmica e tranquila, gostosa de ver e ouvir, com a Andrea que foi um show à parte”.

    Segundo Maria Luana, bolsista do projeto, o projeto possibilita muito conhecimento e aprendizado para todos e consequentemente para minha vida acadêmica e pessoal. Meu aprendizado até o momento do projeto é grandioso e tenho expectativas que sejam um processo construtivo, pois possibilita inúmeras trocas de conhecimentos e experiências da nossa vida acadêmica, ressaltou Luana.

      O coordenador do projeto, o bibliotecário Edilson Targino, destaca que as ações que o projeto tem desenvolvido em parceria com a Biblioteca Setorial são de extrema importância para a formação acadêmica dos extensionistas, da equipe que participa do projeto e, principalmente de todos e todas que têm contribuindo com o enriquecimento do debate nas conferências. 

 

 

Realização - LICA