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Outorga do Doutor Honoris Causa pela UFPB ao escritor Políbio Alves confirma literatura brasileira produzida na Paraíba

publicado: 09/09/2022 17h51, última modificação: 12/09/2022 08h26
Cerimônia acontecerá no dia 15 de setembro

Foto: Arquivo Pessoal

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) concederá o título de Doutor Honoris Causa ao escritor, poeta, cronista e ficcionista paraibano, de 81 anos, Políbio Alves. A solenidade de outorga ocorrerá presencialmente no dia 15 de setembro, a partir das 17h, no Auditório Professor Milton Paiva, no prédio da Reitoria, no Campus I, em João Pessoa.

A cerimônia de concessão do título será presidida pelo Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia. Pró-reitores, Diretores de Centro da UFPB e representantes da Academia Paraibana de Letras também foram convidados a participar da solenidade. 

O Conselho Universitário (Consuni), órgão deliberativo máximo da Instituição, aprovou, por unanimidade, em reunião ordinária no mês de maio deste ano, a outorga do título de Doutor Honoris Causa ao escritor.

A proposta da concessão foi protocolada em 6 de janeiro pela docente do Departamento de Ciência da Informação e ex-vice-reitora da UFPB, Profa. Bernardina Freire. 

O homenageado expressou gratidão e ressaltou o que a outorgação do título representa ante à sua trajetória: 

“Eu estou muito contente, a alegria domina meu coração e minha mente com o título de Doutor Honoris Causa outorgado pela UFPB. Esse título honra a Universidade, honra o autor e confirma a literatura brasileira produzida na Paraíba”, disse Políbio Alves, que é natural da cidade de João Pessoa.  

Para saber mais sobre a vida e obra do paraibano, confira matéria publicada em junho deste ano sobre a aprovação da homenagem. 

Trajetória 

Políbio Alves dos Santos conheceu o universo das letras e das palavras antes mesmo de frequentar uma escola. Tem suas raízes nos bairros de Cruz das Armas e no Varadouro, centro de João Pessoa.

Graduado em Administração de Empresas, Políbio Alves ingressou no serviço público na como auditor federal do trabalho, cargo do qual é aposentado.

É autor de O que resta dos mortos (1983), Varadouro (1989), Exercício Lúdico - Invenções & Armadilha (2003), Passagem Branca (2005), Os objetos indomáveis (2013), La Habana Vieja: olhos de ver (2016), Al leste de los Hombres (2016), La traición de Hemingway (2016) e Acendedor de Relâmpago (2019).

Em 2000, ganhou destaque internacional em uma coletânea publicada em Trento, na Itália, onde se reuniram mais de 400 autores de diversas nacionalidades. Em 2002, na Argentina, foi um dos 120 finalistas do prêmio Nuevos.

Entre os inúmeros prêmios e reconhecimentos que já recebeu, estão o Henry Miller de ficção; Prêmio Literário Augusto Motta; Concurso Augusto dos Anjos; Estandarte Cultural concedido pela comissão organizadora do Baile dos Artistas em Recife (PE); Placa de bronze disposta na Praça Antenor Navarro, no Varadouro, em João Pessoa, com trechos do seu poema Varadouro.

Do mesmo modo, já recebeu título de Personalidade Cultural Internacional concedido pela União Brasileira de Escritores; Prêmio Poesia Encenada do Sesc/PB; Medalha Poeta Augusto dos Anjos, pela Assembleia Legislativa da Paraíba; Comenda da Cidade de João Pessoa, pela Câmara Municipal de João Pessoa.

Ganhou duas vezes o Troféu Correio das Artes, do jornal A União, foi homenageado pela Escola Estadual Antônio Pessoa com a inauguração da Biblioteca Políbio Alves e recebeu a Comenda Ariano Suassuna, do Legislativo Municipal de João Pessoa. Sobre sua trajetória, há o documentário “Eis aí, o poeta!”, do publicitário Hélio Costa.

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Reportagem: Mellody Oliveira
Edição: Aline Lins
Foto: Arquivo Pessoal