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O hospital escola HULW realiza campanha de testagem de sífilis para colaboradores

Ação pretende alcançar funcionários, docentes, estudantes, e também usuários que desejam realizar o exame

publicado: 22/10/2019 18h11, última modificação: 23/10/2019 08h36

O número de casos de sífilis no Brasil tem aumentado gradativamente nos últimos anos. De 2016 a 2018, houve um crescimento de 31,8% na incidência da forma adquirida da doença e 28,5% na taxa de detecção em gestantes, segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Para ampliar o acesso ao diagnóstico, o Hospital Universitário Lauro Wanderley está realizando até o dia 31 de outubro exames de testagem rápida de sífilis.

 

A iniciativa é do SAE Familiar Materno Infantil, que funciona no 6º andar do HULW. “Estamos promovendo essa ação de testagem para sífilis no intuito de contemplar principalmente os colaboradores do Hospital, estudantes e docentes que atuam no HU. Quem desejar fazer o exame, basta procurar o nosso serviço, sem burocracia”, informou o coordenador do SAE, Otávio Pinho.

 

Para ter acesso ao teste de sífilis durante a campanha, o interessado precisa estar munido apenas de documento de identificação e cartão do SUS. Usuários do Hospital Universitário que desejam passar pelo teste também podem procurar o Serviço. O objetivo é realizar pelo menos 100 testagens durante esse período, sendo garantido o tratamento no HULW para os casos diagnosticados.

 

Otávio Pinho esclareceu que a ação foi pensada em virtude de outubro ser o mês de alerta para o combate à sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST). “Estamos vivenciando uma epidemia no Brasil e no mundo, visto que os números divulgados crescem a cada ano. É importante garantir o diagnóstico e tratamento adequados”, avisa.

 

De acordo com o coordenador do SAE, a maior incidência está entre a população negra, atingindo 60% dos casos notificados. A sífilis pode provocar lesões cardíacas e neurológicas, gerando risco especialmente na transmissão vertical, em que a mãe infectada passa para o feto. “Tem bebê nascendo com sífilis e já apresentando problemas ósseos, cardíacos e neurológicos”, lamenta.

 

O diagnóstico precoce e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão vertical. A presença da sífilis na gestação pode afetar a criança e causar complicações como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido.

 

Sexo sem prevenção é a principal causa da sífilis, por isso a necessidade de enfatizar a importância da prevenção. “Trata-se, na maioria das vezes, de uma doença silenciosa. Em alguns casos, surgem lesões na pele e nos órgãos genitais, mas muitas vezes passam despercebidos. No entanto, há pacientes que não apresentam nenhum sintoma”, orientou Otávio.

 

Quando diagnosticada e tratada precocemente, não há maiores danos ao paciente. O tratamento da sífilis, mais indicado pelos médicos, é feito à base de penicilina, antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria que causa a infecção.

 

Números no Brasil

 

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde 2018, divulgado em novembro do ano passado, a taxa de detecção da sífilis adquirida no Brasil passou de 44,1/100 mil habitantes em 2016 para 58,1 casos para 100 mil habitantes em 2017.

 

A sífilis adquirida, agravo de notificação compulsória desde 2010, teve a taxa de detecção aumentada em dois casos por 100 mil habitantes, em 2010, para alarmantes 58,1 casos por 100 mil habitantes em 2017.Entre gestantes, os números cresceram: de 10,8 casos por 1 mil nascidos vivos em 2016 para 17,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos em 2017.

 

Já a sífilis congênita passou de 21.183 casos em 2016 para 24.666 em 2017. A região com maior incidência foi a Sudeste, com 51,5% dos casos notificados no país, seguida da região Sul, com 24,3%. O Nordeste apresentou um índice de 6.4% de casos notificados de sífilis, segundo o Ministério da Saúde.

 

Fonte:

Assessoria de Comunicação - HULW-UFPB/Ebserh – 3216-7554

Jacqueline Santos (9 8842-0363) – Jornalista/Manhã

Gustavo Freire – Relações Públicas