Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > HU disponibiliza testes rápidos para diagnosticar casos de sífilis até dia 31
conteúdo

Notícias

HU disponibiliza testes rápidos para diagnosticar casos de sífilis até dia 31

Coordenador Otávio Pinho ressalta a importância de conscientizar a população sobre o tratamento da sífilis

publicado: 25/10/2019 22h38, última modificação: 25/10/2019 22h38

Para ampliar o acesso ao diagnóstico da sífilis – e agilizar as formas de tratamento, o Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB, vinculado à Rede Ebserh, disponibiliza até 31 de outubro a estudantes, colaboradores e pacientes em atendimento exames de teste rápido da doença.

A ação tem como base os números de caso da doença. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (SES) até setembro deste ano foram notificados 610 casos de sífilis em gestantes e 266 casos de sífilis congênita na Paraíba.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum que pode ser transmitida por relação sexual desprotegida com a pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ( transmissão vertical)
ou parto.

Para ter acesso ao teste durante a campanha, o interessado precisa levar documento oficial com foto e cartão do SUS. O diagnóstico precoce e acompanhamento médico no pré-natal reduzem a transmissão vertical (sífilis congênita). A presença da sífilis na gestação pode afetar a criança e causar complicações como aborto, parto pre-maturo, doenças congênitas ou morte do recém-nascido. O parceiro(a) sexual também deverá ser testado e tratado para evitar a reincidência. O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), por meio do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), é referência na Paraíba no tratamento de gestantes com HIV, parceiros e filhos menores de 13 anos.

Logo, é estendido também o tratamento da sífilis aos pacientes do hospital. O coordenador Otávio Pinho, ressalta a importância de conscientizar a população sobre o tratamento da sífilis e convida a comunidade a fazer o teste rápido. “É uma doença fácil de tratar e tem cura, mas a população não toma conhecimento de sua gravidade por ser silenciosa, podendo ser agravada em gestantes e transmitida ao bebê se não tratada a tempo”, explicou. A enfermeira Márcia Regina explica que a sífilis pode apresentar três estágios de gravidade: a primária, secundária e terciária.

“O primário apresenta uma lesão indolor no órgão genital que fica alguns dias e depois desaparece, por isso é considerada silenciosa (cancro duro). Na secundária pode ocorrer manchas no corpo que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, ocorrer febre, mal-estar e dor de cabeça. A terciária pode apresentar sinais e sintomas, principalmente, lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte”, esclareceu.

O tratamento é feito na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, com penicilina benzatina (benzetacil), uma dosagem injetável por três semanas consecutivas

Dados no Brasil

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde 2018, divulgado em novembro do ano passado, a taxa de detecção da sífilis adquirida no Brasil passou de 44,1/100 mil habitantes em 2016 para 58,1 casos para 100 mil habitantes em 2017. A sífilis adquirida, agravo de notificação compulsória desde 2010, teve a taxa de detecção aumentada em dois casos por 100 mil habitantes, em 2010, para alarmantes 58,1 casos por 100 mil habitantes em 2017. Entre gestantes, os números cresceram: de 10,8 casos por 1 mil nascidos vivos em 2016 para 17,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos em 2017. 

Escrito por: Sara Gomes/saragomesilva@ gmail.com

Fonte: Jornal a União