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PILATES SOLO

Movimentar para viver melhor! Projeto de extensão leva o pilates solo para a comunidade através da extensão. A ação, oferecida pelo Departamento de Artes Cênicas, existe desde 2016 e possui três turmas por semestre, beneficiando cerca de 70 pessoas entre professores, estudantes e comunidade externa. O método proporciona saúde para a população, além de ajudar na formação dos alunos que participam da extensão.
publicado: 12/07/2018 17h49, última modificação: 10/09/2018 16h04

 Projeto leva o método do pilates para a comunidade através da extensão 

Com a alta procura por exercícios físicos como forma de diminuir as implicações de doenças musculares e articulares, é difícil encontrar quem ainda não conhece o Pilates. O método, criado durante a Primeira Guerra Mundial pelo alemão Joseph H. Pilates, oferece inúmeros benefícios para a saúde, como o fortalecimento muscular e a melhora da qualidade do sono. Por essa razão, um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resolveu apostar no procedimento como modo para promover a saúde da comunidade universitária e externa.

A ação Pilates solo: articulando saberes entre o ensino, a pesquisa e a extensão, oferecido pelo (do) Departamento de Artes Cênicas (DAC), iniciou como curso em 2016 com apenas uma turma. Ao perceber a grande procura e que a prática era benéfica dentro do ambiente universitário, Bárbara Santos, coordenadora da iniciativa, sentiu a necessidade de ampliar o alcance expandindo o número de turmas para atender mais pessoas da comunidade. Tal expansão só foi possível com a concessão de bolsa para estudantes através do edital PROBEX, nos anos 2017 e 2018.

Essa mudança proporcionou aos discentes do curso de licenciatura em Dança, praticantes do método, a oportunidade de aprofundar conhecimentos e colaborar de outro modo: “A partir da demanda, transformamos em projeto de extensão [para a comunidade], a fim de possibilitar que alunos da graduação, já participantes da experiência anterior, se colocassem na posição de monitores, além de ampliar o acesso das pessoas”, declarou a Coordenadora.

A criação do projeto foi motivada, conforme contou a Coordenadora, pelo evidente sedentarismo na rotina da população, que gera enfermidades e limita a mobilidade das pessoas para atividades. Evidência da necessidade de ações nessa área é o levantamento feito, em 2017, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), segundo qual apenas três em cada dez brasileiros na idade adulta praticam atividades físicas e esportivas com regularidade.  

Segundo Bárbara, que atuou quatorze anos com o pilates antes de ingressar como professora na Universidade, a importância de continuar essa ação na extensão está relacionada ao fato de ser um trabalho diferenciado, social, que possibilita à comunidade o acesso ao conhecimento e à prática, pois é um método de alto investimento, portanto, pouco acessível ao público em geral. Na sua primeira edição como projeto, em 2017, foi possível formar três turmas. O total de beneficiados pelo Pilates Solo é, em média, de 70 pessoas, sendo os participantes estudantes, servidores técnico-administrativos, docentes da UFPB e população sem vínculo com a instituição.

Os encontros, realizados duas vezes na semana, são sempre acompanhados pela equipe do projeto, formada pela coordenadora, duas bolsistas e três voluntárias, que monitoram e administram os exercícios das aulas. Há ainda um momento de orientação e estudo semanal com instrução para os monitores cujo objetivo é a preparação de aulas, discussão, prática e aplicação do repertório de exercícios, assim como estudos cinesiológicos e de algumas disfunções dos participantes, mapeados no inicio de cada semestre, para que os exercícios sejam mais bem direcionados e tragam benefícios aos praticantes.

O projeto, além de oferecer benefícios para os inscritos, proporciona aos monitores um novo olhar sobre o corpo, formando professores com esse “enxergar” especial, como explicou Cristina Resende, voluntária na monitoria: “Sendo monitora do projeto, aprendi a olhar para o corpo do outro com um olhar diferenciado, onde consigo, a partir da técnica, reconhecer possibilidades de melhoras para as patologias”, declarou a monitora.

Maeza de Vasconcelos, bolsista e monitora, contou que na extensão aprendeu a cuidar melhor da preparação artística por meio da prática. “Na dança, o artista tem que ser quase um super-herói e tem muito desgaste físico, o que acaba provocando lesões. Com o método, aprendi como posso prevenir essas lesões e como posso trabalhar para que meu corpo tenha mais longevidade na profissão", explicou a bolsista. 

As pessoas interessadas em participar do Pilates Solo devem acompanhar atentamente o site do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (http://www.ccta.ufpb.br/), onde será disponibilizado ainda em julho o edital e o tutorial de inscrição, pois de acordo com a coordenadora, as vagas são preenchidas rapidamente.

 

*Reportagem de Larissa Maia - Bolsista PRAC (2018)