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Presto-Ópera

Música erudita para a comunidade
publicado: 17/05/2018 19h35, última modificação: 02/06/2018 13h06

Grupo cria espetáculos de música erudita com a participação de toda a comunidade

Com a intenção de popularizar a música erudita e complementar a formação dos estudantes de Licenciatura em Música da UFPB, o projeto Presto-Ópera proporciona um espaço de trabalho e aprendizado no qual discentes e comunidade desenvolvem produções que envolvem música e artes cênicas.

O projeto de extensão, que teve como inspiração uma experiência do Conservatório Pernambucano de Música, está em curso desde 2009 e é coordenado pela professora Amarilis Rebua, do Departamento de Música. Na UFPB, a ação possibilita aos graduandos uma experiência como futuros professores, ao mesmo tempo em que insere a comunidade interessada no mundo das artes, seja durante a produção dos espetáculos ou nas oficinas de canto, causando impacto ao executar espetáculos de ópera, pouco realizados no âmbito local. 

Segundo Gutenberg Lima, bolsista e monitor do projeto, permitir essa montagem cultural gera para o público oportunidade de desfazer a noção comum de que música clássica é elitista, para poucos. Para ele, um dos maiores objetivos do projeto é desmistificar a ideia que, para cantar música erudita, precisa-se de muitos anos de formação ou ser da área musical. “É importante destacar o fato que recebemos gente de todos os cursos, centros, de pós-graduação, da comunidade. Gente que nunca pensou em fazer uma "ópera", nem estudou canto lírico, nem nada e quando veem, já estão todos no palco fazendo”, diz ele.

Participantes do Presto-Ópera -PROBEX 2017 - Imagem disponível no SIGAA

A rotina do projeto é semanal: os encontros acontecem todas as sextas, quando os participantes têm aula e ensaio coletivo pela manhã. Nas segundas e sextas a tarde os ensaios são feitos individualmente para que todos consigam ensaiar os personagens e o repertório dos espetáculos.

Atualmente o grupo trabalha na montagem de três espetáculos. O Forró Bodó, inspirado em Chiquinha Gonzaga; o Cosí Fan Tutte, de Mozart; e a Cantata do Café, de Bach, que tem previsão de serem realizados no segundo semestre, na UFPB. Todo o cenário, composição e figurino das apresentações são confeccionadas pelos próprios integrantes do projeto, o que para a coordenadora, acaba incentivando a criatividade dos alunos, unindo teatro, dança e música.

Para participar do projeto é necessário passar por uma audição que acontece no início dos semestres. No entanto, segundo, Gutenberg Lima, quase sempre recebem novos participantes para audições durante o processo de montagem dos espetáculos. Não existe restrição para participação das audições e nem seleção prévia da música a ser cantada na triagem. “É chegar, e cantar”.

Podem participar do projeto todos os alunos de canto do curso de licenciatura em música, matriculados na disciplina de Canto Complementar, que é aberta a todos os discentes. Esse é o público predominante, contudo, toda a comunidade interessada nas artes musicais pode participar do projeto.

As reuniões e audições acontecem no Centro de Comunicação Turismo e Artes, Bloco B, onde acontecem as aulas do Curso de Música. Para mais informações sobre o projeto, deve-se entrar em contato por email com a equipe (gutenberglm@gmail.com / amarilisrebua@hotmail.com) ou  simplesmente aparecer nas sextas pela manhã no Bloco B do CCTA – Sala 205, onde são realizados os ensaios.

* Reportagem de Larissa Maia - Bolsista PRAC (2018)

 

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