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Tarja-preta

Alternativas saudáveis
publicado: 01/11/2018 19h11, última modificação: 25/02/2019 17h50

Uso Racional de Psicofármacos

Psicofármacos são medicamentos produzidos com substâncias químicas que atuam no sistema nervoso central. Eles medicamentos são utilizados como uma opção de terapia em casos de transtornos psicológicos, mas o uso indiscriminado e inconsciente desse tipo de remédio pode gerar problemas, visto que os efeitos desses medicamentos são de grande intensidade. Foi para atuar nessa realidade que surgiu a ação extensionista "Ações informativas e estratégicas para o uso correto de Psicofármacos".

O projeto realiza ações objetivando disseminar informações para a comunidade sobre como os fármacos agem no sistema nervoso central. Atua ainda sensibilizando sobre outras opções de tratamento, como práticas integrativas, que podem ser mais efetivas e seguras.

A coordenadora do projeto, Liana Clebia, afirma que não se trata de banir o uso da medicação. “Nós desenvolvemos estratégias para chegar na comunidade e dizer que os medicamentos existem, são necessários em alguns casos, mas é importante atentar para o uso correto”, alertou.

As apresentações são feitas em universidades, escolas e unidades de saúde. Os recursos para abordar a temática variam de acordo com cada espaço: palestras, filmes, debates e peças teatrais são alguns dos métodos utilizados. A dinâmica é democrática, sempre com espaço o diálogo com a comunidade, para tirar dúvidas, compartilhar experiências e especialmente criar uma situação favorável para discutir sobre o uso de medicamentos. “Falamos sobre a luta antimanicomial, e tudo que ela representa, o mal-uso de psicofármacos, ansiedade, depressão, doenças mentais, e novas opções de tratamento oferecido para esses casos”, exemplificou Gabriel Firmino, um dos ouvintes da ação.

Exemplo disso foi a ação realizada no Centro de Práticas Integrativas Equilíbrio do Ser (Cepics), proporcionado pelo SUS na capital pessoense. Nessa intervenção os profissionais do centro que foram beneficiados com a dinâmica do boneco do medo, que consistia em colar no boneco palavras que representassem algo que causa ansiedade, para posteriormente trabalhar cada sentimento.

 Além de demonstrar que há outros tratamentos, a equipe possibilita também ferramentas para lidar com a ansiedade do dia a dia, através de terapias ocupacionais, práticas integrativas complementares que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece. “Falar sobre qualidade de vida, de sono, alimentação, prática de esportes. Usamos esses temas para poder falar dos medicamentos e às vezes esse é o assunto que mais falamos, mas sim formas de prevenir o uso”, contou Ana Carolina Oliveira, bolsista do projeto.

 A equipe informou que os ansiolíticos e antidepressivos são os medicamentos mais utilizados e que os riscos desses medicamentos são agravados quando a população os utiliza sem prescrição médica. “Fizemos uma ação no CCS e tivemos uma surpresa, não esperávamos que pessoas ligadas diretamente a saúde estivessem tomando medicamento indiscriminadamente.

 A ação apresenta para a comunidade possibilidades de tratamento sem uso de medicamentos, pois nem sempre os tratamentos são apresentados aos usuários, que acabam utilizando os medicamentos como única solução. É nessa perspectiva que que o projeto atua: Informar, discutir e apresentar propostas, esses são os verbos conjugados pelo projeto na hora de sensibilizar a comunidade sobre o uso racional de medicamentos.

*Reportagem de Gleyce Marques - Bolsista PRAC (2018)



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