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Terapia Comunitária UFPB
O projeto “Terapia Comunitária na Universidade: Tecendo Espaços de Cuidado”, vinculado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB, é uma extensão que promove rodas de diálogo para compartilhar angústias e vivências dos participantes em um processo acompanhado por profissionais docentes e também discentes do curso de Enfermagem da UFPB.
A Terapia Comunitária Integrativa (TCI), a abordagem terapêutica adotada pelo projeto, é de origem brasileira, criada pelo psiquiatra cearense Adalberto Barreto, na década de 1980. Como explica a coordenadora, a docente Viviane Holanda, a TCI é definida como um “espaço de acolhimento e partilha de vida para se falar das inquietações cotidianas, dos problemas e das potencialidades das pessoas e das comunidades”.
O projeto, uma ação do Edital PROBEX 2020, inicialmente tinha como público-alvo os discentes da Universidade e seria um espaço de partilha de experiências e dificuldades enfrentadas durante a formação acadêmica. No entanto, o isolamento social estabelecido em virtude da pandemia de Covid-19 impediu a realização das atividades presenciais. Com isso, o projeto passou a realizar encontros on-line de TCI abertos para toda a comunidade, utilizando as plataformas digitais, como o JitsiMeet. As rodas de diálogo começaram a tratar de questões emocionais e desafios enfrentados durante o período de distanciamento.
A coordenadora do projeto enfatiza que as rodas de diálogo trabalham, sobretudo, a autoestima dos participantes. “Os encontros do projeto valorizam a história individual e a identidade cultural, a fim de restaurar a autoestima e a autoconfiança e apresenta-se como recurso terapêutico em um processo de cuidar e ser cuidado”, afirma Viviane Holanda.
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Captura de tela da roda de diálogo on-line realizada pela ação - Imagem cedida pela equipe (2020) |
Esse é um aspecto destacado também por Amanda Santos, estudante de Enfermagem e bolsista do projeto. A discente teve contato com a TCI durante a formação acadêmica, quando imaginou que seria interessante ter na Universidade um espaço para que outros estudantes pudessem falar de suas inquietações.
Ela conta que esse espaço criado através da extensão universitária tem sido importante para sua formação profissional. “Contribuir com o projeto tem me trazido muita realização pessoal e acadêmica. A terapia tem me ensinado que, como profissional, eu preciso sentar e ouvir meu paciente”, resalta a bolsista.
Com o lema “Quando a boca fala, o corpo sara”, o projeto está aberto para todos que desejam um espaço de acolhimento e de suporte emocional. Para participar dos encontros não há necessidade de inscrição, basta acompanhar a agenda que a equipe publica no Instagram (@terapiacomunitariaufpb) e acessar o link disponibilizado.
Reportagem de Ana Livia Macedo (Bolsista PROEX 2020). Editado por Comunicação PROEX