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Educa Serpentes

Extensão promove conhecimento por meio da educação ambiental
publicado: 10/09/2020 11h00, última modificação: 10/09/2020 11h07

Extensão promove conhecimento por meio da educação ambiental

Só em agosto de 2020, na Paraíba, foram recolhidas 89 serpentes pela Polícia Ambiental, espécie Jibóia (Boa constrictor) a mais resgatada no Estado. Apesar de em zonas urbanas a população imaginar que não é tão comum essa situação, os municípios com o maior número de resgates são João Pessoa, Conde, Bayeux e Santa Rita.

Para disseminar informações sobre a importância da preservação dos animais, foi criado em 2019 o projeto de extensão Educa Serpentes. A ação, vinculada ao Núcleo de Ecologia de Serpentes do Campus IV, é coordenada Frederico Gustavo, que desde o início de seu trabalho na UFPB, em 2009, já na desejava trabalhar com serpentes para mudar o estereótipo que a sociedade tem desses animais. 

"Começamos a pensar em ações práticas para mudar o pensamento que a grande maioria das pessoas tem em relação às serpentes - que são bichos pouco carismáticos, perigosos, venenosos, que só fazem mal. As serpentes são organismos essenciais para a manutenção saudável do meio ambiente". O docente explicou que as serpentes estão em uma posição crucial nas teias alimentares e regulam, por exemplo, populações de espécies que são mais nocivas ao ser humano, como os roedores.

Realização de Intervenção na escola cidadã integral Luiz Gonzaga Burity, no município de Rio Tinto_Imagem cedida pela equipeAntes da pandemia, esse trabalho de educação ambiental era realizado nas escolas dos municípios do Vale do Mamanguape, em feiras de Ciências e outros eventos no CCAE. Em oficinas, a equipe do projeto disseminava  informações sobre espécies de serpentes comuns no estado e sua importância biológica. O projeto orientava ainda sobre o procedimento adequado para lidar com os animais encontrados, que consiste em acionar a polícia ambiental e tomar medidas para manter uma distância segura dos animais.

Agora, com o distanciamento social, todo o trabalho do projeto é voltado para as redes sociais da extensão. Duas vezes na semana é publicado o "Conhecendo as serpentes da Paraíba", com exemplos de animais que vivem no estado. A cada 15 dias também é realizada uma live com pesquisadores de serpentes no país. 

Nos relatos nas redes sociais, é possível constatar a atuação do projeto. Em vários depoimentos, seguidores afirmam que, depois de conhecer o projeto de extensão e entender a importância destes animais para os ecossistemas, passaram a controlar a situação para preservar os animais encontrados, evitando assim que cobras fossem mortas. 

O conteúdo que é publicado nas redes sociais é elaborado pela equipe do projeto, composta por dois docentes do Departamento de Engenharia e Meio Ambiente, estudantes de Ecologia e do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental do Campus IV da UFPB.  

Equipe da ação - imagem cedida pelo projetoAlerandro Soares, o bolsista do projeto,  é natural do município de Mamanguape e estudante de Ecologia do 6° período.  Quando ingressou na extensão, ele tinha dificuldades para se expressar e trabalhar em grupo. Foi na extensão que o aluno viu a possibilidade de dialogar com diversas pessoas e a experiência no projeto está sendo tão importante para Alerandro que a educação ambiental com serpentes virou seu objeto de estudo do TCC, que deve ser apresentado em 2021.  "Toda essa vivência me fez crescer como profissional, educador ambiental e herpetólogo [profissional que estuda répteis e anfíbios]”. 

Atualmente, o estudante, junto com os demais membros da ação, está trabalhando no desenvolvimento de elementos para os próximos - e ainda sem data - encontros presenciais, como jogos e fantoches. Para acompanhar o trabalho do projeto, é possível acessar o perfil da ação no Instagram https://instagram.com/educa.serpentes?igshid=18xw971636bip

 

Reportagem de Larissa Maia (Bolsista PROEX 2020), editada por Comunicação PROEX.