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Coex recebe o artista Geraldinho Miranda para roda de conversa

O arte-educador se reuniu com gestores e produtores culturais para troca de experiências

publicado: 20/11/2018 13h29, última modificação: 20/11/2018 13h29

A equipe da Coordenação de Extensão Cultural (Coex) da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Prac) recebeu o arte-educador e ativista cultural paraibano Geraldo Miranda para troca de experiências profissionais, na manhã de 14 de novembro. O encontro foi realizado na sala de reuniões da Pró-Reitoria de Graduação, no campus I da UFPB, sob a condução do coordenador de extensão Antonio Gualberto Filho e participação do pró-reitor Orlando Villar.

 

Na abertura da roda de conversa, Gualberto Filho apresentou vídeo sobre a ONG portuguesa Chapitô, que mantém a Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, especializada em artes circenses e voltada à inclusão de jovens. A entidade foi visitada pelo coordenador da Coex em missão recente a Lisboa. Dessa oportunidade, resultou a ideia de trazer o paraibano Geraldinho Miranda para falar aos gestores e produtores culturais da Coex.

 

O convidado, que já fomentou ações na Chapitô, iniciou sua trajetória na Escola Piolin, em João Pessoa, e participou de inúmeros projetos e iniciativas culturais e artísticas no País, tendo sido um dos precursores do Circo Social há mais de 20 anos. “Sou cria da Piolin e tenho orgulho de ter passado por essa escola e por toda essa experiência desde, poeticamente, a cultura hippie. Minha formação me deu sustentação para atuar como atuo hoje. Fico feliz de estar aqui falando aos projetos de extensão dessa universidade”, declarou Geraldo Miranda ao iniciar a conversa. Ele discorreu sobre aspectos que influenciaram a evolução da arte circense no País e sobre o trabalho que desenvolve atualmente, correlacionado à música, moda e novos comportamentos.

 

 

Van Filosofia

 

Geraldinho, ou Mc Gerard, como também é conhecido, relatou que encerrou recentemente sua participação em um projeto social, que durou sete anos, para criar o Van Filosofia, um projeto cultural itinerante próprio, viabilizado por meio de uma van adaptada, com percurso iniciado no Rio de Janeiro e que se encontra em atividade na capital paraibana. “Decidi me desvincular de projetos institucionais, como muitos grupos que têm se lançado aos seus projetos artísticos de forma independente”, esclareceu Miranda.

 

Esse novo projeto, segundo ele, engloba uma diversidade de manifestações da arte-cultura de rua nacional - envolvendo, por exemplo, o lambe-lambe, o skate, o grafite e o rap - e desenvolve ações inclusivas voltadas a jovens artistas. Sobre a dinâmica de funcionamento do Van Filosofia, ele explicou que, com apoio de parceiros em cada cidade onde estaciona o veículo, realiza apresentações de convidados, mostras, exibição de filmes e oferece oficinas que possibilitam o aprendizado de técnicas de produção de desenhos, de composição de letras de músicas, de malabares, entre outras. Desse modo, o projeto auxilia na divulgação da arte local e estimula a economia criativa.

 

De acordo com Geraldo, o Van Filosofia se mantém com a venda de produtos cujo conteúdo foi produzido por artistas que abraçam o projeto. No momento, são dois CDs, um DVD e o livro Rally Circo Social de sua própria autoria. “São esses os produtos hoje à disposição como ferramenta de transformação”, conta. O projeto se vale ainda do escambo com os parceiros locais e de campanhas nas redes sociais para o financiamento colaborativo de suas atividades.

 

A vinda de Geraldinho à reunião na UFPB ocorreu em meio aos preparativos para uma viagem que ele inicia, em breve, com a finalidade de expandir as ações do Van Filosofia no continente. Nos próximos meses, ele pretende percorrer diversos países da América Latina, num esforço de integração da cultura, da arte e da inclusão.