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Expansão e acesso à Educação Superior: como fica a igualdade de gênero?

por NEPES última modificação 15/09/2022 14h08 Edineide Jezine
O presente artigo tem como problemática o processo de expansão da educação superior no Brasil e os desafios do acesso e permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade. Nesse conjunto, objetiva analisar as concepções de igualdade de gênero nas políticas de educação superior e como estão distribuídas as matrículas por setores público e privado, considerando a variável sexo. Trata-se de um estudo qualitativo apoiado em dados quantitativos da expansão do número de cursos e matrículas, considerando o Censo da Educação Superior (2013) que aponta os 10 cursos com maior número de matrículas do sexo feminino e do sexo masculino. Tendo por base esses dados, a análise busca apreender a dinâmica na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) sob a perspectiva da sexualização/generificação das carreiras. Ao se analisar o acesso a essa modalidade de ensino de homens e mulheres na UFPB, os dados apontam que mais mulheres ingressam e concluem os cursos superiores. Todavia, ao se analisar a distribuição por cursos, ainda se mantém a feminilidade e masculinidade de determinadas carreiras profissionais. Nesse sentido, os resultados da investigação apontam que o processo de expansão da educação superior não vem acompanhado de motivações profissionais a cursos que, historicamente, se constituem como masculinos, o caso das Engenharias, e/ou cursos femininos, o caso da Pedagogia, mantendo-se processos de desigualdade entre os sexos nas carreiras profissionais.