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Mês de combate ao glaucoma alerta sobre sintomas e prevenção
O glaucoma é uma doença oftalmológica que atinge mais de 60 milhões de pessoas no mundo. Ele é caracterizado pela perda gradual da visão por causa da degradação do nervo óptico. A doença geralmente se desenvolve de forma lenta, sem apresentar sintomas, e é a segunda principal causa de cegueira, ficando atrás apenas da catarata.
O glaucoma não tem cura, e o mais indicado para tratamento e controle é a prevenção e o diagnóstico precoce.
Descrição: foto em close do olho verde de uma mulher branca. O reflexo capta a imagem da câmera fotográfica. Crédito - Wendel Moretti.
O que é?
O glaucoma é uma degeneração do nervo óptico, normalmente associada ao aumento da pressão intraocular. Há, porém, casos de pessoas com pressão ocular normal que podem desenvolvê-la.
O nervo óptico é responsável por captar as informações que enxergamos e transmiti-las ao cérebro. Quando o glaucoma afeta essas fibras nervosas, elas morrem gradualmente, podendo resultar na perda total da visão.
Geralmente essa degradação acontece em razão do aumento da pressão intraocular, causada por alteração no fluxo de produção e no escoamento do humor aquoso (o líquido que preenche parte do olho).
Existem dois tipos de glaucoma.
Glaucoma Primário de Ângulo Aberto
Também conhecido como glaucoma simples crônico, é considerado o tipo mais comum da doença. Um glaucoma bilateral é o que acomete os dois olhos ao mesmo tempo; ele aparece na fase adulta. É especialmente assintomático e, por ser gradual, é perceptível apenas quando o nervo óptico está bastante lesionado.
A perda da visão começa nos extremos do campo visual, em um efeito bem parecido com a visão de um telescópio, que pode estender-se por todo o campo visual e causar a perda completa da visão.
Esse tipo é comum em pessoas com miopia, acima de 65 anos, de etnia negra e com a córnea fina. Seu diagnóstico precoce é possível quando são feitas frequentes consultas oftalmológicas.
Glaucoma Primário de Ângulo Fechado
Este tipo geralmente atua de maneira aguda e de forma repentina. Você pode estar vendo televisão ou olhando a tela de um celular e perceber um brilho intenso e uma dor muito forte.
É recomendado que, ao sentir essa dor, você vá direto ao oftalmologista, pois significa que a pressão ocular está muito alta. E, caso não receba a medicação correta, a pessoa pode ficar cega em poucas horas.
Apesar de não ser tão comum, é o tipo mais perigoso.
Sintomas e prevenção
É bom destacar que existem ainda outros fatores de risco para o glaucoma, tais como:
- Histórico familiar.
- Quem tem miopia e hipermetropia.
- Traumas (como uma bolada no olho, por exemplo).
- Pessoas que usam frequentemente colírios à base de corticoides.
- Atividades que possam causar aumento da pressão intraocular (como a prática da ioga)
Além disso, a doença tem maior incidência em pessoas com idade acima de 40 anos, de cor negra ou com ascendência asiática.
Como na maioria dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas, o que faz com que as pessoas demorem a perceber que estão doentes. Mas, com o passar do tempo, começam a ter dificuldade em relação à leitura e a várias atividades do dia a dia, como executar uma baliza e andar sem esbarrar em quinas.
Uma informação que você precisa saber: o glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado e tratado. Em especial, se for detectado logo no início. Por isso, lembramos que a sua saúde ocular depende de consultas regulares ao oftalmologista.
Durante os exames de praxe, é possível verificar se você sofre de alta pressão ocular, uma das causas do problema. Se houver alterações, o oftalmologista pode também fazer o exame de fundo de olho.
Com informações do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães