ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
1
2
Forma de tocarFormatoComponentesPeculiaridadesNomesOutros nomesComunidadeUsosFunçõesClassificação SHMaterialComentáriosConstrução
3
PercutidosDiretamenteEntrechocadosBastõesclavas1.1.1.1.1.Madeira
4
PlacasTamanco do TrupéArco VerdeUsado no samba de coco de arco verde
Marcar o ritmo da dança Trupé
1.1.1.1.2.Madeira
5
PlacasMatracaMatraca do boi
Bumba meu boi; Tambor de crioula
As matracas são utilizadas no bumba-meu-boi, que como afirma Marcondes (1997), é uma “(...) dança dramática ou folguedo que apresenta bem mais claramente do que sua congêneres o aspecto de suíte. Representada em várias localidades brasileiras, tem nomes diversos, variações coreográficas e de personagens, conforme a zona onde aparece. Segundo Luís Câmara Cascudo, “bumba-meu-boi” significaria “bate! chifra, meu boi!”. É o reisado mais popular do nordeste, considerado como o mais significativo, tanto do ponto de vista estético, como social. Apresentado no Nordeste durante o ciclo de Natal e festejado na Amazônia em junho, na época de São João, é o testemunho mais vivo do chamado ciclo do boi, que engloba vasto cancioneiro” (MARCONDES, 1997, p. 118)
As matracas são dois pedaços de madeira, geralmente retangulares, batidos um contra o outro, lembrando um bater de palmas. Como afirma o Dossiê do Registro do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão (2011), este instrumento é responsável “(...) pela grande adesão aos Bois desse sotaque, por inserir os apreciadores que, durante as apresentações, de modo informal, se agregam aos grupos multiplicando o número de integrantes”.
1.1.1.1.2.Madeira
6
GamelasColheresUsos diversos1.1.1.1.3.Metal
7
RecipientesCastanholasCastanholasUsos diversos1.1.1.1.4.1.Madeira
8
CocosUsos diversos1.1.1.1.4.1.Coco
9
CuitésUsos diversos1.1.1.1.4.1.Coco
10
PratosPratosUsos diversos1.1.1.1.4.2.Metal
11
BatidosBastõesIndividualDopaTukana
o instrumento é sustendado no ombro direito e é utilizado no cerimonial da MOÇA NOVA.
1.1.1.2.1.1.Madeira
12
TacapuTaquaraTupi-guarani1.1.1.2.1.1.Bambu
13
TriânguloForró; Orquestras;
O triângulo é utilizado em contextos variados. Alvarenga (1977:761) assinala o uso na Folia-do-Divino onde os foliões consideram-no “um instrumento sagrado: [que] tem três lados porque representa a Santíssima Trindade.” No meio popular, seu uso mais conhecido é visto nos gêneros regionais, principalmente nordestinos. Seja no baião, xote, arrasta-pé, xaxado, ele está presente, quase sempre acompanhado do zabumba e da sanfona, instrumentos característicos do conhecido forró pé-de-serra.
O triângulo tem a função ritmico
1.1.1.2.1.1.Metal
14
1.1.1.2.1.1.
15
AgrupadoXilofone1.1.1.2.1.2.
16
PlacasIndividualTrocanotorokanáUsos diversos
“Instrumento com que os indígenas comunicam de maloca em maloca e serve para chamar a gente e dar sinais”, diz Stradelli em registro de Renato Almeida (1942:35).
Stradelli diz que os sinais eram transmitidos batendo no trocano com um macete de cabeça de goma elástica, ou envolvida em tiras de couro de anta, entre os dois buracos extremos. Os sinais então eram enviados com base no lugar em que se bate sons diferentes, aliado ao número de golpes e seu espaçamento.
1.1.1.2.2.1.Madera
17
Usos diversos1.1.1.2.2.1.Madeira
18
AgrupadoMarimbaUsos diversos1.1.1.2.2.2.Madeira
19
Litofones
20
TubosIndividual1.1.1.2.3.1.
21
AgrupadoBastões de ritmo
Takapú, Karutana, Wagrana ou taquaras
Tupi-Guaraní
O bastão rítmico também tem papel considerado no meio religioso, sendo usado em alguns rituais. Era um instrumento muito importante e relevante, tanto que ficava guardado na barraca sagrada com outros objetos litúrgicos, segundo Renato Almeida (1942:36).
Sua função era “marcar o ritmo da dansa, soando surdamente quando batidos nos chão, sendo o seu destino acentuar com a desejada regularidade um dos tempos da dansa”, como diz Luiz Heitor, citado por Renato Almeida em sua obra.
1.1.1.2.3.2.
22
RecipientesGongos1.1.1.2.4.1.
23
Individual1.1.1.2.4.2.
24
1.1.1.2.4.2.
25
Agrupado1.1.1.2.4.3.
26
SinosIndividualApoiadosGonguêMaracatu1.1.1.2.4.4.1.1.Metal
27
SuspensosSem badaloAgogô
Candomblé; capoeira; Maracatu; Samba;
O agogô é usado em várias ocasiões, principalmente nos ritos de cultos religiosos afro-brasileiros. Acompanha os padrões rítmicos do atabaque (conga) e é chamado adjá no candomblé baiano ou xerê no xangô pernambucano. Os instrumentos estabelecem passos de dança gestual, que podem corresponder a um orixá particular, na invocação, reverência ou encerramento de um ritual.
O agogô Yoruba pode ser único ou duplo, é golpeado com uma vara de metal, e pode ser usado em conjuntos, geralmente com tambores, para acompanhar danças sociais ou cerimônias. Os Igala fazem distinção entre o agogô (também conhecido como ogege ou ugege) e o grande enu cerimonial. O agogô, geralmente simples (exceto perto da fronteira de Igbo onde se encontram sinos duplos), é usado para sinalizar ou para acompanhar a música e a dança. O enu é feito de uma placa curvada, soldada para dar uma seção transversal oval, e é 68 cm a 83 cm de altura e 55 a 68 cm de largura; Pode ser simples ou dupla, com câmaras sobrepostas. Esses sinos cerimoniais estão associados a diferentes títulos, todos eles altos no sistema de fabricação do rei, e eles normalmente são mantidos no santuário ancestral.
1.1.1.2.4.4.1.2.1.Metal
28
Com badaloSino de vacaUsos diversos1.1.1.2.4.4.1.2.2.Metal
29
Agrupado1.1.1.2.4.4.2.
30
Litofone1.1.1.2.4.5.Cerâmica
31
IndiretamenteAgitados
ou
chocalhos
SuspensosPor cordasMutomburéUmutina 1.1.2.1.1.1.
32
Aiapá1.1.2.1.1.1.
33
EnfileiradosGuarará1.1.2.1.1.1.1.
34
Zuza
35
Por bastãoMurukuTukana
segundo Helza Camêu, o muruku é um instrumento cerimonial, e é utilizado invariavelmente com um escudo, nas festas de iniciação e nas danças de jurupari. “No passado foi compreendido como insígna de Chefes de tribos situadas nos rios Uapês e Japurá, vindo depois a ser usado pelo puxador de dança”
1.1.2.1.1.2.
36
EmolduradosSuspensos1.1.2.1.2.1.
37
Deslizantes1.1.2.1.2.2.
38
RecipientesCaxixiCapoeira
É um instrumento de origem africana, sendo um dos remanescentes da cultura bantu (proveniente da região do Congo e Angola). Lá, era utilizado dentro de um contexto cerimonial e ritual. Ao chegar ao Brasil, começou a ser utilizado de outras formas, na cultura popular (Gallo, 2010). O meio mais conhecido onde o caxixi está inserido no nosso país é a capoeira: “Na capoeira, o caxixi tornou-se parceiro do berimbau, duplicando o padrão rítmico dado pela baqueta na haste metálica do arco e dando ornamentações rítmicas entre o ritmo básico marcado do arco. (Mukuna, 2006).”
Tem a função de preenchimento ritmico
1.1.2.1.3.
Cesto de palha
39
CutõeRamkôkãmekra
Por se tratar de um chocalho globular, é provável que sua função assemelhe-se com a do maracá.
1.1.2.1.3.
40
AdjáCampa ou sinetaCandomblé (BA) e xangôs (PE)
“Em momentos de ritos internos como também na festa pública, as equedes sempre portam seus adjás, as sinetas rituais. Na festa pública o som do adjá tem a função de guiar, de conduzir o orixá durante a dança. O som do adjá, segundo ouvi de um pai-de-santo, é “a música que fala aos deuses, para que eles nos ouçam e atendam nossos pedidos". Tocar adjá é algo muito importante que só deve ser feito pelas equedes, ou pessoas da alta hierarquia do terreiro. Na obrigação de sete anos um fiel que entre em transe receberá também um adjá e o tocará em público como mais um sinal de sua maioridade ritual.”
Sua função é invocar os orixás, chamar os crentes para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques do atabaque (Andrade 1982:9; Marcondes 1977:6).
1.1.2.1.3.Metal
41
1.1.2.1.3.Cabaça
42
1.1.2.1.3.
43
BapoBororo
Os bapos são, geralmente, utilizados aos pares. Quando isso acontece, cada um tem sua função específica. “O da mão direita, sacudindo com mais velocidade, marca as sílabas do canto e o da mão esquerda dá-lhe o ritmo” (id.).
1.1.2.1.3.
44
Pau de chuvaUsos diversos1.1.2.1.3.
Tudo de madeira ou palha trançada
45
MaracáTupinambá; Tupí
É nobre, usado geralmente pelos pajés. Renato Almeida registra acerca do maracá (1942:38-39): “O seu poder sobrenatural é uma crença de quasi todos os índios sul-americanos, que têm como certa a sua ‘influência direta e misteriosa sôbre o processo natural e ainda sôbre o tratamento e os sentimentos humanos’.
O maracá tem a função de dar o pulso, junto as pisadas, as danças em circuos que os indígenas fazem. Também tem a função de cura.
1.1.2.1.3.Cabaça
46
Lança do (es)pontõesMaracá de lançaParaíba
Pontões, uma manifestação singular e remanescente das irmandades negras, cujos atores são quilombolas e “são quase todos da família Rufino, da zona rural” (ver Benjamin 1976). Tal grupo e os Congos marcam presença imprescindível nas procissões da véspera e para a missa da Festa do Rosário, da cidade de Pombal, no sertão da Paraíba, realizada no primeiro domingo do mês de outubro. A música é executada por um conjunto instrumental composta de pífano, caixas, triângulo, fole.
As lanças cujas pontas são maracás enfeitados de fitas multicoloridas, são usadas tanto para abrir caminhos na multidão durante a procissão, como para fazer figurações na dança e, principalmente, para marcar o ritmo de suas músicas (Satomi, Duarte 2010).
1.1.2.1.3.Metal
e
madeira
A extremidade afunilada do cone de metal se encaixa para ser fixado com solda à um cabo de mesmo material, ôco, ligeiramente alargado na base. Após inserir os componentes internos no cone inferior, solda-se o cone superior, unidos pela extremidade mais larga. O cabo de madeira, provavelmente, após ser apontado na ponta superior é inserido no cabo de metal. Na ponta superior e na parte larga do cone são soldadas pequenas argolas que servem para amarrar as fitas. Na argola superior uma fita creme e outra vermelha; duas fitas creme e uma verde nas três argolas centrais. Consta mais uma fita vermelha envolvendo a solda do cabo de metal.
47
I-u-e-ruKarajá; Javajé
O instrumento, assim como a maioria dos chocalhos globulares indígenas, é utilizado na marcação rítmica de danças e cantos
“A finalidade conferida ao chocalho globular de estabelecer comunicação entre o mundo real e o imaginado pelo indígena tem nos instrumentos com esta aparência perfeita adequação. Chocalhos globulares de conformação antropomorfa já foram mencionados no século XVI por Hans Staden, Padres Manuel da Nóbrega, Azpilcueta Navarro, José de Anchieta, Jean de Léry e outros” (Camêu, 1979:17)
1.1.2.1.3.
48
PoáriUmutina
Cupudunepá (2002: 22) explica que o Poári é usado para marcar um ritmo chamado de “hapo”
Seu uso tem função de “sinalização,usado nas danças e cantorias fúnebres”
1.1.2.1.3.
49
Piano de cuiaAgêJeje-nagô1.1.2.1.3.Cabaça
50
Nhon-kon-tiGorotire
O instrumento tem função de marcação rítmica nos cantos e nas danças.
1.1.2.1.3.Cabaça
51
PernangumaSanta Isabel (SP) 1.1.2.1.3.
52
Xequerê
agê, aguê, amelê, xeque-xeque e piano-de-cuia
Maracatu; Candomblé
O xequerê possui origem africana (jejê-nagô), segundo Andrade (id.). Ele ainda diz que o instrumento é notadamente usado nos candomblés da Bahia e nos xangôs do Recife, onde é conhecido por xere.
1.1.2.1.3.Cabaça
53
Yaxsã-gaTukana 1.1.2.1.3.
Cabaça ou similares
54
Ganzá
melê (Bahia), pau-de-semente (Natal RN), xiquexique (Minas Gerais), xeque ou xeque-xeque (Amazônia e Nordeste) e xaque-xaque. Aparece como marcador de ritmo nas congadas, no coco (coco-de-ganzá, principalmente) e em várias outras danças.
Coco; Samba; Forró
A utilização do ganzá alcança contextos muito amplos. Está presente em vários gêneros musicais, como o samba, sendo inclusive um dos instrumentos que fazem parte das baterias de escolas de samba. Presente também no axé, pagode, ijexá, candomblé, choro, maracatu, cirandas e cocos. Inclusive, no coco de embolada, o ganzá foi imortalizado por Mário de Andrade no texto Na pancada do ganzá que entrevista o embolador de coco Chico Antônio
1.1.2.1.3.Lata
55
RaspadosBastões
Sem ressonador
1.1.2.2.1.1.
56
Com ressonador
MacumbaCandomblé1.1.2.2.1.2.
57
TubosTubo EstampadoTupi; GuarayoRito medicinal1.1.2.2.2.Madeira
58
TubosAgrupado
Recipiente acoplado
Reco gogôAlto do JequitinhonhaOficina de construçãoinstrutivo1.3.1.
Madeira e cabaça
59
TubosReco reco
raspador, casaca e catacá
Samba; Congada; Capoeira
Segundo Alvarenga (1977) é usado em tradicionais danças rurais como a congada (no Espirito Santo), cururú (Mato Grosso, Goiás and São Paulo) e cana-verde (região central e sul). Congos e congadas são danças dramáticas, ou bailados com cenas de conversão, onde são chamados de casaca, cassaca, or canzaca, medindo cerca de 60 cm de comprimento. Cururu e cana-verde são danças de roda, com versos de desafios, acompanhadas de violas, rabecas (ou pandeiros) e reco-recos. Nomeado como canzá ou ganzá está inserido em diversas manifestações afro-brasileiras, sobretudo na Bahia, nos conjuntos onde acompanha o moçambique, uma dança dramática com cenas de conversão, e a capoeira angola, uma luta simulada. Na arte marcial da capoeira, onde as músicas fazem alusão ao candomblé ou episódios da história da escravidão, é predominante o som do berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e reco-reco. É chamado também de raspador na folia de São Benedito, da Amazônia, onde é o instrumento de comando do mestre-sala.
1.1.2.2.2.
60
Alemão1.1.2.2.2.
61
Recipientes1.1.2.2.3.
62
Rodas
dentilhadas
MatracasProcissão1.1.2.2.4.Madeira
63
1.1.2.2.4.
64
Pranchas1.1.2.2.5.
65
Divididos
ou
separados
1.1.2.3.
66
EstalejadosPreaca (PE)Flecha de índio (PB)Caboclinhos e Tribo de índio
O instrumento é utilizado como adereço da dança em manifestações religiosas ou seculares. No primeiro caso, durante o toque de Oxossi, num dos ritos do candomblé de origem africana ou afro-indígena, como a Jurema. No segundo caso a preaca, ou flecha de índio, é comumente empregada no auto de caboclinhos, conhecido como “cabocolinhos” em Pernambuco, ou “tribos de índios de carnaval”, na Paraíba.
A preaca, tocada pelos caboclos ou “índios” de carnaval, marcam o pulso mais simples do bumbo, surdo, maracás, caixa, ganzá, que, por sua vez, acompanham a gaita de caboclinhos, ou “inúbia” (termo nativo). Assim a preaca não integra o grupo de instrumentistas, mas acentua o gesto coreográfico dos “índios”, além de marcar o pulso da própria dança.
1.1.2.4.Madeira
67
Dedilhados
ou
lamelofones
EmolduradosClack1.2.1.1.
68
GuimbardasIdioglotesBerimbau de bocaUsos diversos1.2.1.2.1. Metal
69
HeteroglotesSimples
70
Agrupado
71
Em forma
de
prancha ou pente
Com lamela
encaixada
Sem ressonador
72
Com ressonador
73
Com lamela
recortada
Sem ressonador
74
Com ressonadorSansa1.2.2.2.2
75
FriccionadosBastõesIndividual
76
AgrupadosFricção direta
77
Fricção indireta
78
PlacasIndividual
79
Agrupados
80
RecipientesIndividualRecipiente
Tambor de Casco de Tartaruga
purupuru; ûnhuri; kuware; puru puru ruweny
Carajá, Apalai
Rito de passagem para a fase adulta
1.3.3.1
Casco natural de tartaruga
81
82
Agrupados
83
AeólicosBastõesIndividual
84
Agrupados
85
PlacasIndividual
86
Agrupados
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100