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INOVA-UFPB celebra Dia Mundial da Propriedade Intelectual
A Universidade Federal da Paraíba teve participação de destaque no evento.
Para celebrar o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, dezenas de invenções criadas na Paraíba foram expostas no evento realizado na Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep) dia 26 de abril de 2017.
Representantes de universidades, empresários, inventores e estudantes de cursos técnicos trocaram experiências e discutiram questões ligadas à área da ciência, tecnologia e empreendedorismo.
Os debates tiveram como foco a disseminação da importância da proteção ao patrimônio intelectual e estímulo à inovação.
Ao fazer a abertura do evento, a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, destacou a importância de proteger o patrimônio de empresas e empreendedores em um mercado cada vez mais competitivo.
“A propriedade industrial é um instrumento essencial para o desenvolvimento econômico e social de um estado e de um país. Esse tipo de proteção não pode ser vista como despesa, mas como um investimento que gera retorno, pois se torna um diferencial no mercado”, afirmou.
A Cinep tem firmado com o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) um acordo de cooperação técnica, por meio do qual a Companhia abriga em suas instalações a unidade regional do INPI na Paraíba, com o intuito de disseminar a cultura da propriedade industrial e da inovação tecnológica.
A gerente do INPI na Paraíba, Alinne Duarte, detalhou os procedimentos necessários para o registro de marcas, que representa a maior parte dos depósitos de propriedade industrial. Segundo ela, hoje a conscientização vem crescendo, mas ainda é preciso avançar.
“Instrumentos como marcas, patentes e desenhos industriais são importantes para proporcionar segurança jurídica e para proteger o investimento do empresário ou inventor contra o uso e comercialização indevidos”, explicou.
O evento prosseguiu com o professor Petrônio Filgueiras, da Agência UFPB de Inovação Tecnológica, que comentou sobre o fomento à inovação tecnológica no ambiente acadêmico.
Conforme o professor, a UFPB foi responsável por mais de um terço dos depósitos de patentes realizados na Paraíba, em 2016.
O pesquisador do INPI Armando Mendes Neto apresentou um panorama nacional e internacional da propriedade industrial e discutiu sobre as principais dificuldades, reflexos econômicos e particularidades da área de patentes.
Em seguida, o empresário e inventor Luciano Piquet, do Grupo Paraí, ressaltou a importância do empreendedorismo e da inovação.
De acordo com dados nacionais do INPI, a Paraíba registrou, em 2016, um total de 1.112 depósitos dos mais variados tipos de proteção, como marcas, patentes, programas de computador e desenhos industriais.
O Estado foi o quarto do Nordeste com o maior número de depósitos, ficando atrás apenas dos três estados mais populosos e que detêm maior PIB (Bahia, Ceará e Pernambuco, respectivamente).
Dezenas de empreendedores divulgaram suas invenções, incluindo projetos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), além de inventores sem vínculos com instituições de ensino.
Uma das invenções expostas no evento foi um dispositivo chamado Buatech que, ao reconhecer o choro de um bebê, emite sinal por radiofrequência para uma pulseira vibratória. O equipamento tem como público-alvo pais com deficiência auditiva.
Segundo os inventores Higo Thian e Ana Caline, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o diferencial do produto em relação aos semelhantes existentes no mercado é que o equipamento consegue reconhecer o choro específico da criança, evitando o envio do sinal proveniente de outros tipos de ruído sonoro.
Outra patente depositada no INPI da Paraíba busca modernizar o setor aeroviário. O professor Marcos José do Nascimento, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), desenvolveu um equipamento que consegue medir a lâmina d´água em pistas de aeroportos em dias chuvosos.
De acordo com o inventor, o produto garante uma medição digital de forma mais precisa do que o método que é utilizado atualmente (uma espécie de régua) e mais prático, uma vez que não exige a medição manual em vários trechos da pista. Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a recomendação é que os pousos sejam realizados caso haja, no máximo, três milímetros de lâmina d´água.