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por danielrocha publicado 20/10/2016 10h25, última modificação 24/01/2017 11h25
AS DIMENSÕES DO SAGRADO E DA CIDADANIA NO ASSENTAMENTO MACEIÓ-CE por Maria de Fátima Ferreira Rodrigues — última modificação 29/11/2016 08h00

Publicado na Mercator - Revista de Geografia da UFC, ano 03, número 05, 2004. Resumo: Neste trabalho discutimos algumas práticas sociais que permeiam o cotidiano dos camponeses e pescadores do Assentamento Maceió, localizado no Município de Itapipoca, Litoral Norte do Ceará. Apoiada em pesquisa documental, bibliográfica e nas observações registradas ao longo dos diversos trabalhos de campo, tecemos algumas considerações que estão relacionadas ao campesinato brasileiro e, por conseguinte, ao grupo social residente no Assentamento Maceió. Enfatizamos como se dá, nesta localidade litorânea, a relação tempo-espaço entendendo que a mesma está intrinsecamente interligada com a reprodução econômico-social e cultural dos camponeses. A partir desta compreensão inferimos que a delimitação dos espaços sagrados e produtivos nesta área de estudo, expressa o modo de vida local com toda significação que o processo de reprodução social a engendrou. Todavia, os projetos turísticos propostos por empreendedores que chegam àquela localidade litorânea, distanciam-se do que almeja o grupo social em evidência e, por conseguinte, têm ocorrido manifestações de resistência contrárias aos mesmos. Palavras chave: campesinato, Assentamento Maceió, espaço-tempo, modo de vida.

PAISAGENS, GEOSSÍMBOLOS E DIMENSÕES DA CULTURA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS por Maria de Fátima Ferreira Rodrigues — última modificação 28/11/2016 12h13

Publicado na Mercator, Fortaleza, v. 10, n. 22, p. 103-121, mai./ago. 2011. Resumo: Este trabalho tem como objetivo interpretar as estratégias de resistência de comunidades quilombolas da Paraíba, com destaque para alguns aspectos da memória social que coloca em cena a alteridade, e também conquistas decorrentes de processos organizativos fundados num ideal democrático, cujos argumentos políticos estão respaldados em pressupostos históricos e em Tratados Internacionais ratifi cados pelo Estado brasileiro. Adotamos como referência para a pesquisa, duas escalas de análise: a escala estadual, com a qual trabalhamos a pesquisa documental e dados quantitativos, aportados em órgãos e portais especializados, e a escala local com a qual trabalhamos as comunidades de Caiana dos Crioulos, Pitombeira e Paratibe. Utilizamos como principais referências teóricas ANJOS (2006), RATTS (2003) e ARRUTI (2003), para abordarmos o território e a questão étnica; ALMEIDA (2004), HAESBAERT (2004a, 2008b) e ANDRADE (1995), para discutirmos o território do ponto de vista institucional e simbólico; ancoramos-nos em HALBWACHS (1990), BOSI (1992) e LE GOFF (1994) para registrar aspectos signifi cativos da memória coletiva, dada a sua importância no processo identitário e, para nos fundamentarmos sobre os procedimentos adequados a uma abordagem oral na pesquisa, buscamos apoio em QUEIROZ (1988) e AMADO, J.; FERREIRA, M.M. (2001).

PASSEIO "CON(VER)TIDO": BREVE REFLEXÃO SOBRE A MEMÓRIA E A ESPACIALIDADE DO CENTRO HISTÓRICO PESSOENSE por Maria de Fátima Ferreira Rodrigues — última modificação 28/11/2016 12h13

Publicado no Cadernos do Logepa, João Pessoa, Vol. 1 n. 1, p. 3-10. Resumo: Este ensaio procura buscar na espacialidade os testemunhos que marcaram e marcam a paisagem urbana de João Pessoa, no sentido de resgatar práticas sociais que expressam o modo de vida e as ações do estado sobre o território. Recuperar aspectos da memória da cidade através de mapas pictóricos, de croquis e de notícias de jornais, a exemplo das trilhas que ligavam a cidade alta à cidade baixa, dos caminhos do bonde, das ruas que eram eminentemente residenciais até o início do século e que hoje estão em processo de degradação, são temas de interesse do ensino de Geografia.

INDICADORES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA NA MATA PARAIBANA por Maria de Fátima Ferreira Rodrigues — última modificação 28/11/2016 12h14

Publicado no Cadernos do Logepa, João Pessoa, Vol.2, n.1, Jan/Jun-2003, p. 8-27. Resumo: Neste texto analisamos alguns aspectos sócio-econômicos acerca da biodiversidade da Mata Atlântica, destacando nesta análise o IDH(M) relativo a 1991 e 2000 dos municípios situados na Mesorrregião da Mata Paraibana. Analisamos também alguns dados referentes a saúde, educação e reforma agrária e, por conseguinte, os indicadores que dizem respeito a melhoria da qualidade de vida nesta mesorregião.

CERTIFICAÇÃO PARTICIPATIVA E AGROECOLOGIA: PROCESSOS DE ORGANIZAÇÃO E RESISTÊNCIA CAMPONESA NA MATA PARAIBANA por Mariana Borba de Oliveira — última modificação 28/11/2016 12h14

Publicado na AGRÁRIA, São Paulo, No. 16, pp. 35-62, 2012. Resumo: A temática deste artigo trata da resistência do campesinato paraibano à agricultura capitalista. Interpretamos uma organização camponesa cuja produção é de base agroecológica e a comercialização dos produtos, realizada diretamente com o consumidor, como uma forte estratégia que permite a (re) construção das bases da produção camponesa, e norteia o paradigma do desenvolvimento local sustentável. A experiência estudada é a Feira Agroecológica que acontece em João Pessoa (PB), no campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e que comercializa produtos de quatro assentamentos rurais localizados na Várzea do rio Paraíba (nos municípios de Cruz do Espírito Santo, Sapé e Sobrado), e um assentamento rural localizado no litoral sul da Paraíba (município do Conde). Investigamos a hipótese do projeto da Feira ser fortalecido por uma certificação participativa da produção. A pesquisa comprova o fortalecimento do projeto através da certificação, cuja metodologia foi construída a partir de um processo participativo de controle da produção que envolve produtores, consumidores, técnicos, poder público e sociedade civil.

“A TERRA É A MÃE, É O PAI, É TUDO! TUDO COMEÇA PELA TERRA”: A TERRITORIALIDADE ÉTNICA DA COMUNIDADE IPIRANGA – PB por Mayra Porto de Almeida — última modificação 28/11/2016 12h15

Apresentado no 2º Colóquio Nacional de Estudos Agrários e Culturais - Cinestar. Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar a construção da territorialidade étnica da comunidade quilombola Ipiranga. Buscamos demonstrar a relação entre a promulgação da Lei de Terras de 1850 e a gradativa perda do território de uso tradicional ocupado secularmente pela comunidade. Além disso, enfatizamos o processo luta e resistência vivenciados pelos habitantes para não serem alijados de seu território tradicional. Como desdobramento desse processo de luta, discutimos o significado do autorreconhecimento enquanto quilombolas e a importância dos elementos culturais, como o coco de roda Novo Quilombo, na construção da identidade étnica. Por fim, chamamos a atenção para a morosidade dos processos administrativos de regularização fundiária no país e a importância das titulações para as comunidades.

O TRABALHO DE CAMPO COMO CAMINHO METODOLÓGICO: TESTEMUNHOS E INTERPRETAÇÕES DE UMA MARCHA INDÍGENA POTIGUARA por Amanda Christinne Nascimento Marques — última modificação 28/11/2016 11h52

Publicado na Revista OKARA: Geografia em debate. V. 2, n.1, 2008. Resumo: “Potiguara é guerreiro, Potiguara é quem vai ganhar! Guerreia na terra e guerreia no mar, Potiguara é quem vai ganhar!”. Este refrão foi repetido em tom enfático pelos índios Potiguara da aldeia Três Rios, localizada no município de Marcação – PB, ao comemorarem o reconhecimento do seu território tradicional. A razão dessa comemoração foi a divulgação da portaria declaratória nº 2.135/07 do Ministério da Justiça, assinada em Dezembro de 2007. Pintados de vermelho e preto, munidos de cocares e sob as chuvas de Janeiro, os Potiguara, na marcha de comemoração e no ato público, revelaram a complexidade das relações intersocietais que os aproximam ou distanciam de outros povos tradicionais e da sociedade envolvente. Partindo desse contextoeste ensaio tem o objetivo de interpretar a marcha indígena potiguara a partir de seus significados simbólicos e políticos. Do ponto de vista metodológico utilizamos para a compreensão espacial da referida marcha, os registros obtidos no campo constituídos em seu todo por escritos feitos nos cadernos de campo, fontes iconográficas (fotos, desenhos e croquis), vídeos, dentre outros materiais. Para fundamentar a nossa narrativa utilizamos como referência autores como Serpa (2006), Rodrigues (2007) e Lacoste (1977) que trabalham diferentes concepções de trabalho de campo na ciência geográfica; além de Geertz (1989), Oliveira (2006) e Moura (1992) que discutem o trabalho de campo como um exercício etnográfico na Antropologia. Ao analisarmos a marcha consideramos que a mesma revela dimensões da territorialidade étnica dos índios Potiguara. A forma como estes expõem e dialogam com o espaço exterior utilizando os elementos inerentes a sua cultura demarca uma fronteira étnica. Tal fronteira é apresentada como extensão de um universo singular dos indígenas por meio das indumentárias, dos adereços, das pinturas corporais, das palavras de ordem, da musicalidade, dos ritmos e das composições que os acompanham. Por meio dos vários elementos simbólicos, movimentos e dinâmicas territoriais, os Potiguara criam e recriam no imaginário social, características historicamente marcantes do seu povo como grupo etnicamente diferenciado. Dentre essas características reconhecidas socialmente cabe destacar o princípio da união e da solidariedade que marcam o viver em comunidade. Este princípio congrega os indígenas de forma igual internamente ao vivenciarem a luta, mas, ao mesmo tempo, os diferencia do ponto de vista da individualidade, dos desejos e das utopias em relação a sociedade envolvente. A marcha é, em seu acontecer, uma representação simbólica direcionada ao outro, ou seja, ao não índio. É a reafirmação de uma identidade que se faz resistente, recriada e diacrítica.

LITORAL SUL PARAIBANO: IMPACTOS DO TURISMO EM UM TERRITÓRIO REIVINDICADO PELOS ÍNDIOS TABAJARA por Amanda Christinne Nascimento Marques — última modificação 29/11/2016 08h01

Publicado na revista AGÁLIA | Turismo em terras indígenas (2015). Resumo: Buscamos neste artigo discutir os impactos causados pelas atividades turísticas na praia de Gramame, localizada no litoral sul paraibano, um território tradicional que é reivindicado pelos índios Tabajara. Esse estudo se estabeleceu a partir da instrução técnica executiva n. 134 da diretoria de assuntos fundiários da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), num trabalho realizado em três eta-pas, no qual procuramos reconstruir os marcos históricos e de parentesco do grupo, por meio da oralidade e da documentação oficial encontrada. Apresentamos, neste artigo, parte de uma das etapas de campo, que teve como propósito a identificação da praia de Gramame, um território considerado imprescindível para a reprodução social e cultural do grupo. O litoral sul paraibano é sem duvida uma área de ocupação antiga e que sofreu ao longo do tempo diferentes formas de fração do território. Na atualidade, esse fracionamento recebe mais uma de-manda, que é a étnica. Observamos que existe uma sobreposição territorial, pelo interesse de grandes proprietários de terras, imobiliários, grupos étnicos e camponeses. O uso e ocupação da Barra do Rio Gramame é um exemplo para afirmar que o povo Tabajara, embora silenciado pela população regional, permaneceu estabelecendo uma relação com o ambiente costeiro, caracterizando assim o que chamamos de ocupação tradicional do território.

OLHARES SOBRE A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DA PROFª ANTÔNIADO SOCORRO SILVA MACHADO: UMA MULHER UMA ESCOLA, UMA QUILOMBOLA. por Iany Elizabeth da Costa — última modificação 16/01/2017 16h43

Publicado nos anais do III Congresso Nacional de Educação para as Relações Étnico-Raciais: Igualdade racial no ambiente escola. Resumo: O presente artigo faz uma breve analise sobre a figura de D. Antônia do Socorro Silva Machado ou D. Toinha: mulher, professora, negra e quilombola, que foi responsável pela inserção da escolarização na Comunidade Quilombola de Paratibe, João Pessoa – PB. Por essa razão, nos interessou destacar a importância histórica que esta mulher teve e ainda tem dentro da escola da qual foi fundadora e na lembrança do povo quilombola de Paratibe e região, neste sentido, lançaremos nossos olhares sobre as ações de D. Toinha na luta por Educação nesta Comunidade Quilombola, utilizando para isso, de um dos métodos da História Oral (Entrevistas) e da bibliográfica produzida sobre esta mulher, para reconstruir os passos dados por esta educadora em busca de uma Educação de qualidade para seu povo.

NA TRILHA DO FEMINISMO: A LUTA DE D. ANTÔNIA DO SOCORRO PELO DIREITO A EDUCAÇÃO DA COMUNIDADE NEGRA DE PARATIBE, JOÃO PESSOA - PB por Iany Elizabeth da Costa — última modificação 16/01/2017 16h47

Publicado nos anais do VII COLÓQUIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS E PRÁTICAS CURRICULARES: Políticas de Currículo e Formação: desafios contemporâneos. Resumo: O presente artigo visa fazer uma breve abordagem sobre a figura de D. Antônia do Socorro Silva Machado, mulher negra e quilombola, pioneira no processo de escolarização básica da Comunidade Negra Quilombola de Paratibe, João Pessoa – PB, localidade esquecida pelo Poder Público, onde atualmente ainda residem remanescentes quilombolas em processo de demarcação territorial. Para isso, lançaremos nossos olhares sobre as ações de D. Toinha na luta pelo direito a Educação desta Comunidade Quilombola, utilizando os métodos da História Oral (Entrevistas) e da produção bibliográfica sobre esta mulher, para trilhar os passos desta educadora na busca por uma Educação de qualidade para seu povo.

MULHERES EM BUSCA DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E CIDADANIA: UMA ANÁLISE DA POLÍTICA TERRITORIAL NA MATA SUL DO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL por Rosiane Barboza da Cruz — última modificação 16/01/2017 17h41

Trabalho apresentado no IX Seminário Internacional de Direitos Humanos - SIDH. Resumo: A luta histórica da mulher em busca de seus direitos é uma pauta que está em discussão muito antes de se identificar o feminismo como movimento legítimo. Podemos citar a não identificação da mulher como produtora rural como situação que reflete a desigualdade da distribuição dos benefícios trazidos pelas políticas públicas. As mulheres constituem maioria em termos percentuais, entretanto pode ser observado que o poder de decisão se encontra majoritariamente nas mãos dos homens. Esse cenário e outros que ilustram a necessidade de inserção das mulheres nos espaços de representação estão presentes dentro do território da Zona da Mata Sul. Esse território se localiza na porção leste do estado da Paraíba é um território que abarca a capital do estado estando dentre os territórios de maior importância econômica e diversidade humana, é composto por 13 municípios. Buscou-se nesse trabalho identificar se as mulheres da Zona da Mata Sul, organizadas em associações, comitês e conselhos municipais dentre outros coletivos que integram o Território da Cidadania, conhecem seus direitos às Políticas públicas e em que nível essas políticas estão sendo acessadas. Para se chegar aos resultados foi utilizada a pesquisa participante, a partir de observação, visitas, entrevistas e ações formativas. Com a realização do trabalho identificou-se 17 grupos de mulheres, entre os quais existem grupos formais e informais. Foi verificada que a participação de mulheres na direção das associações ainda é muito insignificante e, que mesmo existindo mulheres nas coordenações de conselhos municipais e outras instâncias territoriais ainda se precisa trabalhar a ampliação desses números. O acesso às políticas públicas tem ocorrido ao longo do território com destaque ao PAA (Conab e estadual), crédito e infraestrutura. Ao final da investigação conclui-se que algumas mulheres do território pesquisado estão acessando as políticas públicas e que alguns grupos têm recebido formação e estão cientes dos seus direitos, entretanto esses grupos ainda são a minoria absoluta.

Invisibilidade e Resistência: relato da situação organizacional dos grupos de mulheres no território Zona da Mata Sul da Paraíba por Rosiane Barboza da Cruz — última modificação 16/01/2017 17h50

Trabalho apresentado no IX Congresso de Agroecologia. Resumo: Este trabalho consiste em registrar um panorama geral dos grupos organizacionais de mulheres no território da Zona da Mata Sul do estado da Paraíba, e apresentar a atual situação vivenciada pelas camponesas, bem como a identificação dos principais obstáculos para o desenvolvimento dos seus trabalhos de maneira organizada e algumas das suas dificuldades na busca dos direitos. A capital, João Pessoa, se destaca por ter órgãos públicos voltados para o atendimento à mulher e instituições de fiscalização, porém não é garantido que os mesmos cheguem a zona rural. Na pesquisa realizada foi constatada a ausência dos mais básicos conhecimentos do direito e de mecanismos que poderiam modificar a situação das camponesas nesse território. A ausência de Conselhos de Direito da mulher é um dado preocupante, pois esse órgão é responsável por fiscalizar e cobrar e implementar políticas públicas direcionadas as mulheres.

ESTUDO SOBRE A VISIBILIDADE E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHER NO TERRITÓRIO ZONA DA MATA SUL por Rosiane Barboza da Cruz — última modificação 16/01/2017 17h54

Trabalho apresentado no II Colóquio Nacional de Estudos Agrários e Culturais - Cinestar. Resumo: Este trabalho apresenta a atual situação vivenciada pelas produtoras rurais do Território da Zona Da Mata Sul do estado da Paraíba, bem como a identificação dos principais obstáculos para desenvolvimento dos seus trabalhos de maneira organizada e na busca dos seus direitos. A capital, João Pessoa, se destaca por ter órgãos públicos voltados para a mulher e instituições de fiscalização, porém não é garantido que os mesmos cheguem à zona rural. Foi constatada a ausência dos mais básicos conhecimentos do direito e mecanismos que poderiam modificar a situação das agricultoras familiares da área. A ausência de Conselhos de Direito da mulher é um dado preocupante, pois esse órgão é de suma importância para fiscalizar e cobrar os direitos e sensibilizar a questão de gênero das agricultoras. Assim como a necessidade de uma organização formal para que as políticas públicas existentes sejam acessadas.

PROCESSO PRODUTIVO E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DAS MULHERES: SABERES, PRÁTICAS E ARTES NO TERRITÓRIO DA MATA SUL, PARAÍBA, BRASIL por Natanaelma Silva da Costa — última modificação 17/01/2017 10h38

Trabalho apresentado no III Congresso Internacional Gestão Territorial para o Desenvolvimento Rural. Resumo: Os territórios rurais de identidade e da cidadania possuem diversas organizações sociais que atuam nos mais distintos campos. Dentre essas organizações vêm crescendo os coletivos de mulheres agricultoras familiares e as dinâmicas produtivas para as quais esses grupos se voltam, geralmente influenciados pela cultura, características climáticas, aptidão produtiva local entre outros fatores. Partindo desse pressuposto objetiva-se com esse trabalho narrar a organização de coletivos de mulheres no Território da Zona da Mata Sul da Paraíba discutindo inclusive as fragilidades e potencialidades das suas atividades produtivas, busca-se também interpretar a atuação do Núcleo de Extensão e Desenvolvimento Territorial (Nedet) e seu reflexo sobre a articulação desses grupos no Território da Zona da Mata Sul (ZMS) da Paraíba. Para alcançarmos esses objetivos foram realizadas visitas e diálogos com as lideranças nos municípios que compõem o Território da Zona da Mata Sul, assim como conversas e reuniões com os grupos identificados e com o Comitê Setorial de Mulheres do território. Para melhor avaliar as ações da assessoria foi utilizado um questionário com questões focadas no processo de articulação, repasse de informações e atendimento das demandas do território, foi também aberto espaço para que os componentes da plenária territorial avaliassem de forma oral e coletiva a equipe de assessores. Com o desenvolvimento do trabalho foram identificados grupos produtivos de mulheres dos municípios de Pitimbu, Pedras de Fogo, João Pessoa, Conde, Bayeux, Pilar, Alhandra nos 13 municípios da ZMS. Esses grupos trabalham com agricultura, artesanato, pesca e gastronomia, porém cada um com sua peculiaridade e potencialidade, porém as fragilidades apresentadas são as mesmas, insuficiências do serviço prestado pela assistência técnica, assim como o frágil ou inexistente processo de formação e de organização. Com relação às ações desenvolvidas pelo Nedet ao longo de 2015, essas foram avaliadas de forma muito positiva pela plenária territorial, nos campos em que se realizou à consulta, dessa forma pode-se afirmar que o reflexo da atuação do Nedet sobre os grupos produtivos de mulheres da ZMS proporcionou um elevado grau de satisfação desse público e que isso vem incidindo diretamente no processo de autonomia e empoderamento das mulheres da Mata Paraibana.

Política de desenvolvimento territorial sustentável: olhares sobre o Território da Cidadania da Zona da Mata Sul, Paraíba - Brasil por Natanaelma Silva da Costa — última modificação 17/01/2017 10h42

Trabalho apresentado no IX Congresso Brasileiro de Agroecologia. Resumo: Neste trabalho refletimos sobre os efeitos da política de desenvolvimento territorial sobre os municípios da Zona da Mata Sul no estado da Paraíba, partindo do contexto produtivo e social. Para isso foi realizada uma pesquisa de cunho documental nos órgãos oficiais, a exemplo do IBGE, CONAB, MDA e SDT. Mediante a apreciação dos dados pôde-se perceber uma melhoria na produção pecuária e maior alcance das políticas públicas ao longo dos anos, o que refletiu, diretamente na melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares do território, fato exemplificado também pelo crescimento no IDHM do território que foi de 0,306 em 1991 à 0,597 em 2010, índice esse considerado bom. A política de desenvolvimento territorial tem exercido um papel decisivo no território, o que reflete positivamente nos campos: produtivo e social.

LUTA CAMPONESA PELA TERRA E FORMAÇÃO DE NOVAS TERRITORIALIDADES NO LITORAL SUL PARAIBANO por Aline Barboza de Lima — última modificação 24/01/2017 11h25

Publicado na Mercator - Revista de Geografia da UFC, ano 08, número 15, 2009. Resumo: Neste trabalho, analisamos a luta camponesa pela terra e a sua relação com a criação de assentamentos rurais. Investigamos a constituição de novas territorialidades na Microrregião do Litoral Sul Paraibano, tomando como objeto de estudo os assentamentos rurais localizados no município de Pitimbu, estado da Paraíba. Inicialmente, avaliamos a atuação das Ligas Camponesas no Litoral Sul Paraibano, considerando-as dentro de um processo histórico, desenvolvido nacionalmente, de luta pela terra, desde o seu surgimento até o Golpe Militar de 1964. Posteriormente, estudamos a luta pela terra durante o processo de abertura do Regime Militar até a instalação dos primeiros assentamentos rurais no município de Pitimbu. A partir dessa pesquisa, observamos que a luta camponesa acontece num processo contínuo nessa região, entre os que dependem do território para sobrevivência imediata e aqueles que desrespeitam a função social da terra.