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O que é Engenharia de Produção?

por mateus publicado 03/10/2016 14h41, última modificação 29/04/2020 16h31

A Engenharia de Produção trata do planejamento, projeto, implantação, controle e otimização de sistemas produtivos, buscando uma integração de pessoas, informações, materiais e equipamentos a fim de produzir um bem ou um serviço de modo econômico, consistente com os valores sociais vigentes e a preservação dos recursos naturais e do ambiente. Deste modo, a Engenharia de Produção pode ser exercida em praticamente todas as atividades produtivas humanas, embora sua aplicação se faça particularmente necessária na produção industrial de bens e na prestação de serviços complexos.

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Ela constitui o elo entre a tecnologia propriamente dita e o planejamento e gestão de sistemas produtivos, fundamentando-se nas ciências matemáticas, físicas e sociais, bem como em princípios e métodos de engenharia para especificar, prever, avaliar e melhorar os resultados obtidos por tais sistemas. O Engenheiro de Produção é, portanto, um profissional que, além de conhecimentos específicos de tecnologia, tem uma formação especial voltada para o projeto e a gestão de sistemas produtivos, atuando na interface das partes tecnológica e gerencial da Engenharia.

Por este caráter de interface, existe muita confusão, mesmo entre profissionais da área, no que se refere à diferença entre Engenharia de Produção e a Administração de Empresas. Tal conflito de conceituação pode ser esclarecido quando se observa o enfoque principal destas duas ciências: enquanto a Administração centra-se, principalmente, na gestão dos processos administrativos, processos de negócio e na organização estrutural da empresa, a Engenharia de Produção concentra-se na gestão dos processos produtivos, usando métodos quantitativos para a resolução de problemas e se apoiando no conhecimento tecnológico para a compreensão dos sistemas de produção.

Corroborando com esta visão, Cunha (2002), apresenta um diagrama que situa diversos cursos de engenharia e a administração relativamente à sua abrangência de conteúdos. Tais conteúdos estão divididos em três temas principais, quais sejam:

Gestão do Negócio – em que são abordados temas relacionados com estratégia empresarial, gestão financeira, entre outros que se relacionam com a inserção de uma organização em um mercado;
Gestão da Produção – em que se situam temas relacionados com a melhor utilização dos recursos de produção de modo a fabricar e entregar produtos ou prestar serviços em maior quantidade e qualidade, em um menor custo e tempo;

Sistemas Técnicos – relacionam-se com o conhecimento clássico da engenharia, que está centrado, primordialmente, na transformação de energia de uma forma em outra (energia elétrica em movimento, e.g.). Pode-se dizer que é a aplicação científica prática dos conhecimentos das áreas de física, química e matemática.

Existem dois tipos de cursos de graduação em Engenharia de Produção no país: os ditos plenos e os com habilitação específica em um ramo clássico da engenharia. No Centro de Tecnologia da UFPB são ofertados os dois tipos de curso. O curso de Engenharia de Produção concentra grande parte de sua carga horária profissionalizante no estudo da gestão da produção, enfatizando os sistemas técnicos de um modo genérico e que abrange diferentes ramos da Engenharia (Mecânica, Química, Materiais, etc.). O curso de graduação em Engenharia de Produção Mecânica, dividem essa carga entre estudo da gestão da produção e dos sistemas técnicos relacionados com a Engenharia Mecânica.

A respeito da existência destes dois tipos de cursos, pode-se afirmar que no bojo da comunidade da Engenharia de Produção no país ainda não há um consenso a respeito de qual tipo de curso deve ser estimulado ou incentivado. Alguns pesquisadores afirmam que a Engenharia de Produção tem o seu corpo técnico inserido em um dos ramos clássicos da engenharia, enquanto outros afirmam que a Engenharia de Produção possui, por si só, um caráter técnico nas suas áreas de atuação. O Departamento de Engenharia de Produção da UFPB, por sua vez, posiciona-se favorável ao estímulo das duas modalidades de curso, pois acredita que cada um dos perfis profissionais tem seu espaço no mercado de trabalho e exercerão com dignidade do seu papel social de engenheiros.


Veja também: Áreas da Engenharia de Produção | Competências do Engenheiro de Produção