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Servidores do CT identificam gás que interrompeu o atendimento no Hospital Arlinda Marques

O atendimento ambulatorial do Hospital precisou ser interrompido devido ao vazamento desde o dia 23 de maio
publicado: 03/06/2022 11h51, última modificação: 03/06/2022 11h54

Dois servidores do Centro de Tecnologia da UFPB, o Prof. Leopoldo Rojas e o técnico de laboratório Alexsandro Marinho, realizaram a identificação do gás que estava vazando no Hospital Arlinda Marques.

O problema foi verificado no hospital nos dias 11, 20 e 23 de maio, quando se observou quadros de intoxicação em pacientes, funcionários e público em espera. Diante da impossibilidade de identificação do gás, o atendimento ambulatorial da Ala Pediátrica do hospital precisou ser interrompido.

Segundo Alexsandro, após a análise do comportamento do gás no local e da identificação dos sintomas apresentados, ele e o Prof. Leopoldo, que é especialista em estudo com gases, passaram a suspeitar que se tratava do gás amoníaco.

 

Visita Técnica do CT

Diante da dificuldade de identificação do gás, a Administração do Hospital solicitou ao Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFPB uma visita técnica para a realização de uma perícia, com o intuito de constatar qual o gás que estava vazando no local.

Durante a visita, o Diretor Geral do Hospital, Dr. Cláudio Regis, informou que os sintomas apresentados pelos pacientes foram irritação nos olhos, na garganta, sensação de sufocação e leve cefaleia.

Ainda no hospital, os servidores da UFPB perceberam que a maior concentração do gás era na parte posterior do prédio, local mais próximo das caixas de esgoto, o que confirmou a presença do gás amônia (NH₃), visto que o mesmo é resultado das reações de decomposição de material orgânico no ambiente das fossas de esgoto pluviais, como consequência do entupimento causado pelas chuvas.

Posteriormente, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) analisou as águas dos esgotos próximos ao hospital e constatou a alta concentração de amônia no local.

 

Prof. Leopoldo

 Prof. Leopoldo Rojas e Alexsandro Marinho (técnico de laboratório)

 

Solução

Com a constatação do gás amônia, os servidores da UFPB redigiram um laudo técnico que foi entregue à Direção do Hospital, apontando sugestões para a solução do problema.

Dentre as sugestões, estão a instalação de uma tubulação de alívio de pressões para as caixas de esgoto e pluviais, com o intuito de evitar o acúmulo de pressão suficiente para o ingresso do gás ao hospital, o que foi prontamente atendido pela Direção do Hospital. Além disso, foi sugerida a manutenção periódica destas fossas para evitar os entupimentos.

Após a identificação e a resolução do vazamento, o Hospital Arlinda Marques retomou os atendimentos na última terça-feira (31).