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Bem Gestar promove rodas de gestantes na UFPB

publicado: 08/11/2019 15h07, última modificação: 08/11/2019 15h12

A Roda Bem Gestar surgiu em 2014 através de uma demanda de capacitação de profissionais para apoiar mulheres em situação de violência doméstica. Dentro desse projeto, os profissionais pontuaram a importância da discussão sobre os direitos sociais e reprodutivos das mulheres no ciclo grávido puerperal.

Desde outubro de 2018, a Roda promove encontros no auditório da Biblioteca Central da UFPB com o intuito de trabalhar com as mulheres grávidas e puérperas da UFPB e do entorno da instituição. As rodas são dividas em duas vertentes. A primeira é a de gestantes e a segunda de puérperas, mulheres até a 8ª semana após o parto. Na roda das gestantes, são discutidas temáticas que englobam a gestação, o parto, a amamentação e a violência obstétrica. Já na de puérperas são levantadas questões sobre a sexualidade, planejamento da maternidade, saúde mental e amamentação. Elas ocorrem duas vezes por mês, sendo uma de gestante e uma de puérperas.

O público alvo das ações são mulheres gestantes, puérperas, mulheres não gestantes, aquelas que desejam engravidar, acompanhantes e pessoas interessadas no projeto em si ou na área de saúde da mulher. Em média as rodas contam com um público entre dez e 20 pessoas.

A equipe da Roda Bem Gestar é composta por três discentes, três docentes e dois colaboradores externos. O planejamento é realizado pelo grupo de acordo com as demandas que surgem nas reuniões com as gestantes e puérperas e são elas que escolhem as temáticas a serem abordadas. Todo encontro tem um momento de autocuidado com massagens, meditação, escalda pés e exercícios de preparação.

Segundo a estudante de enfermagem Rayanne Nascimento, o feedback das mulheres é satisfatório. “Muitas mulheres que participam das rodas de gestantes sempre voltam para a roda de puérperas e ainda indicam para as outras mulheres.”

A puérpera Lylyanne, que participa há seis meses dos encontros afirma que teve e tem experiências exitosas. “Tudo que foi abordado nas conversas das rodas foram de muito proveito e serviram de instruções. Nos prepara e informa, orienta e traz um sentimento de tranquilidade, por esclarecer nossas dúvidas e questões.“

Violência obstétrica

Para coordenadora da ação, a professora de Enfermagem, Waglânia Mendonça, as rodas são muito importantes para levar informação até as mulheres e principalmente por atuar como uma estratégia para o combate da violência obstétrica. “Nós entendemos que a violência obstétrica é uma violação dos direitos humanos. No momento em que a mulher está muito frágil, ela sofre violência pelos operadores do Estado, como os profissionais de saúde e instituições de saúde”, afirma.

Além das gestantes, os companheiros e companheiras têm um papel importante para o apoio das mulheres. Rayanne, que é bolsista do projeto, discorre sobre a relevância dessa presença “É de extrema importância que o pai ou companheiro e companheira participem das rodas porque não é apenas a gestante quem deve carregar a responsabilidade sozinha. Sabemos que o trabalho deve ser dividido e isso envolve o processo de trabalho de parto e o puerpério. É importante que eles também recebam as orientações e que estejam por dentro das temáticas trabalhadas e a par dos assuntos que podem ser cobrados futuramente”, detalha.