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II Plenária de Mulheres da UFPB é realizada virtualmente com participantes de todos os campi
Com os objetivos de aprovar o Relatório de Gestão 2018-2020 e indicar a nova coordenação da CoMu, conforme previsto na Resolução 26/2018, foi realizada a II Plenária de Mulheres da UFPB, em 27 de novembro. Devido à pandemia da Covid-19, a plenária foi totalmente virtual e registrou a inscrição de 135 mulheres, sendo 61% discentes, 28% docentes e 11% servidoras técnica-administrativas.
As representantes dos três segmentos do Conselho Gestor da CoMu (CGCoMu) ressaltaram a importância do evento e destacaram o aspecto positivo da realização virtual, pois permitiu que mulheres dos quatro campi da UFPB pudessem participar de maneira remota.
O Relatório de Gestão do Biênio 2018-2020 foi apresentado pela atual vice-coordenadora da CoMu, Lis Lemos. Foram feitos apontamentos sobre a atuação durante os últimos anos, como a presença em redes de combate à violência e também na organização de eventos, cursos de formação e projetos de extensão, garantindo o maior acolhimento das mulheres vítimas de violência bem como estimulando o enfrentamento a esse cenário.
Porém, o relatório também expos os principais desafios de atuação da CoMu. A vice-coordenadora Lis Lemos destacou a importância de uma equipe psicossocial completa com a presença de psicólogas e assistentes sociais, o que não é a realidade do Comitê desde sua implementação. Além disso, o espaço presencial da CoMu carece de uma estrutura para melhor atender as mulheres.
Lis também apontou a necessidade de formação nos setores que compõem a UFPB, como as reitorias e as direções de centro, de modo que integrem na Universidade uma ampla rede de combate à violência. O documento foi aprovado pelas participantes da Plenária sem objeções.
Durante a tarde, ocorreu a indicação para a coordenação e vice-coordenação da CoMu. A Plenária passou a ser conduzida por Nívea Pereira, da comissão de organização, que iniciou falando sobre a necessidade da união e organização para resistir frente aos ataques aos direitos das mulheres. “Nós temos aqui professoras, alunas e servidoras de todos os campi, justamente por reconhecer que essa é uma luta de todas nós e que a gente não vai dar um passo atrás na defesa desse direito”, disse a representante da CGCoMu.
Após a reabertura do evento, a única chapa inscrita, composta por Valéria Rufino e Lis Lemos, fez a apresentação e discursou com base na carta proposta. As participantes da plenária debateram com a chapa e o tema que entrou em destaque foi como será realizada a atuação da CoMu nos campi e centros afastados do campus-sede. Outros assuntos citados foram as preocupações com a pandemia e uma possível volta dos atendimentos presenciais.
Quando começou a votação, havia 39 mulheres presentes na sala virtual e não houve nenhuma recusa, abstenção ou impugnação da chapa durante o período estabelecido para manifestação. Por isso, elas foram consideradas indicadas e agradeceram a oportunidade e a confiança das participantes.
“Os próximos anos vão ser de muita luta, de muito trabalho, mas tenho plena confiança na equipe da CoMu, nas mulheres que articulam, que lutam por uma universidade sem violência. Nossa coragem, que não é individual e sim coletiva, e que bom que estamos juntas durante os próximos dois anos”, declarou Valéria Rufino.
Ana Lívia Macêdo e Grace Vasconcelos | Edição: Lis Lemos