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Cantora Cátia de França será homenageada nessa sexta (31)

publicado: 30/07/2020 18h29, última modificação: 30/07/2020 19h01

Encerrar as atividades do 25 de Julho, dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, reverenciando as artistas negras paraibanas. Assim,  surgiu a ideia do Tributo a Cátia de França, evento promovido pelo Fórum de Mulheres em Luta da UFPB, que ocorrerá nesta sexta (31), a partir das 19h pelo perfil do Instagram.

Uma das organizadoras do evento, a musicista e coordenadora do Fórum de Mulheres, Tânia Neiva, conta que a ideia inicial era convidar Cátia de França para participar da atividade. No entanto, após algumas conversas, o Fórum de Mulheres decidiu por homenageá-la.

“Ela é essa mulher preta, paraibana, compositora e que tem uma obra super relevante. Ela representa bem o que trouxemos durante todo o mês de julho que é a trajetória de luta da mulher negra. Lutar para ter visibilidade, para ter espaço e reconhecimento. Então pensamos: vamos homenagear essa mulher que é um ícone da cultura paraibana por sua trajetória e obra”, explica Tânia.

Além de Cátia de França, outras cinco cantoras e instrumentistas, se apresentarão na live que terá a duração de uma hora e meia.  Entre elas, a multiinstrumentista, cantora e atriz Lucy Alves, a violoncelista e compositora Ágatha Chistie, a professora universitária, cantora lírica e popular, Maria Juliana e a cantora e compositora popular Sandra Belê e também Tânia Neiva.

Para Tânia, embora as seis artistas sejam de universos diferentes na música, elas carregam a força das mulheres para ocupar lugares que muitas vezes são negados a elas, pelo machismo e o racismo. “Temos uma diversidade de mulheres nessa live que quebram com os estereótipos. A maioria delas são cantoras, mas são produtoras do próprio trabalho, compositoras, instrumentistas e trazem mensagens políticas nos seus trabalhos”, avalia Tânia, que já tocou com Cátia na gravação do CD No Bagaço da Cana, em 2011, participando da Camerata Arte Mulher.

O tributo foi pensado pela organização como uma forma não só de homenagear Cátia de França, mas também de arrecadar recursos, uma vez que a artista vive exclusivamente de seu trabalho em shows. Com a falta de políticas públicas de apoio à classe artística durante a pandemia, as lives se tornaram espaços importantes para o sustento de diversos artistas brasileiros. “A classe artística foi uma das mais afetadas pela pandemia. Foi a primeira a parar, com a suspensão de shows e festivais e, provavelmente, será a última a voltar”, desabafa Tânia. Os dados bancários para doação, estão no Instagram do Fórum de Mulheres em Luta da UFPB.

Lis Lemos