Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > Dança une artistas do Brasil em performance virtual coletiva em honra e memória das mais de 100 mil vidas interrompidas pela Covid-19 no País
conteúdo

Notícias

Dança une artistas do Brasil em performance virtual coletiva em honra e memória das mais de 100 mil vidas interrompidas pela Covid-19 no País

33 artistas de João Pessoa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro se juntam nos próximos dias 16 e 17 para dançar ininterruptamente mais de 27 horas em performance virtual de luto e luta.
por CCTA publicado: 12/08/2020 22h30, última modificação: 12/08/2020 22h30

COVID-A: um segundo de dança por cada vida interrompida é uma performance que levanta a voz e convoca o movimento contra a banalização da vida. Cada segundo de dança por uma vida interrompida, ao longo de mais de 27 horas de performance virtual. “Nossa ação parte de um encontro artístico e afetivo, mobilizado pela artista pernambucana Valéria Vicente, que reflete sobre o contexto de descaso do governo brasileiro em relação as mais de 100 mil vítimas fatais da Covid-19 e as condições de resistência e de vulnerabilidade social impostas pela pandemia”, explica o texto de divulgação da proposta.

COVID-A é uma construção coletiva a partir da proposição do grupo de Pesquisa Cosmover: Dança em Perspectivas Pluriepistêmicas do Departamento de Artes Cênicas da UFPB, coordenado por Carolina Laranjeiras e Valéria Vicente. O encontro está reunindo performers residentes em quatro estados brasileiros, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, sendo que dois deles transmitem de Portugal: Ailce Moreira, Alessandra Flores, Ângela Navarro, Ayleen Vaz, Bárbara Santos, Isabela Severi, Candice Didonet, Carolina Laranjeira e Pedro Silveira, Conrado Falbo, Drica Ayub, Elis Costa, Ewellyn Lima, Isaura Tupiniquim, Izzah Tribo, Kiran Gorki, Liana Gesteira, Líria Morays, Lua Ayres, Luk’s Gomez, Luciana Portela, Luna Dias, Marcondes Lima, Mariana Uchôa, Rafaella Lira, Silvinha Góes, Taína Veríssimo, Tânia Neiva, Thaismary Ribeiro, Valéria Vicente, Vant Vaz, Iara Sales e Flaira Ferro.

A performance começa no dia 16 de agosto, exatamente cinco meses depois do primeiro óbito registrado no País, em 16 de março. A partir das 16 horas terá início a transmissão ao vivo através do blog www.projetocovida.wordpress.com, que seguirá pela noite, madrugada e continuará no dia 17 de agosto pela quantidade de segundos referente a quantidade de mortes contabilizadas até lá.

“Nossas danças são um manifesto pela vida e pelo direito ao luto. Em honra aos mortos e suas comunidades, somos corpos em movimento e em memória”, destaca o texto veiculado nas redes sociais dos artistas envolvidos. O trabalho está sendo articulado através de reuniões online via google meet, bem como os elementos visuais, textos e materiais de divulgação, tudo pensado coletivamente para tornar a performance acessível ao maior número de pessoas possível.

“Afetados pelo contexto, ativamos dramaturgicamente palavras, sentimentos, conceitos, imagens e estados de corpo. Somos mais de 100 mil segundos de dança entre a vida e a morte, o peso, o descaso, o arrepio, o acúmulo, a resistência, a falha, o giro dos eguns, o esgotamento, a ritualização coletiva, a vertigem, a perda de referência, o sonho, a natureza, as plantas e a terra, o ar, a falta de ar, a passagem, o campo mental vibracional, a reza, a submersão, os números, o choro, a lágrima, a limpeza das águas, o transbordamento, o luto, a luta, os novos mundos possíveis, a dança como estratégia de sobrevivência”.

Serviço:

COVID-A: um segundo de dança por cada vida interrompida

Quando: 16 e 17 de agosto

Onde: www.projetocovida.wordpress.com

Contato para entrevistas:

Valéria Vicente – 81 9 96999854.

Silvia Góes- 02181987430443