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Projetos de Extensão do Departamento de Sistemática e Ecologia (DSE) Aprovados no Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX) 2024 - 2025 | CCEN UFPB

por Ana Magyar publicado: 01/08/2024 18h13, última modificação: 02/08/2024 16h56

O Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio da Assessoria de Extensão do CCEN, divulga a relação dos projetos de extensão do departamento de Sistemática e Ecologia (DSE) aprovados no Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX) 2024 - 2025.

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Resumo
1. A Coleção Herpetológica da UFPB -CHUFPB- Divulgando a Ciência: Conhecendo e Preservando os Répteis e os Anfíbios – Ano II (Coordenação: Tais Borges Costa) - Este projeto de pesquisa baseia-se na importância da conservação dos répteis e anfíbios, que são amplamente perseguidos e enfrentam ameaças significativas, como o declínio de espécies além dos estigmas negativos associados a eles. A perda da biodiversidade representa uma ameaça direta à qualidade de vida humana e requer uma mudança de atitude em relação a esses organismos. A educação ambiental é crucial para promover a conscientização sobre a importância da conservação e a prevenção de conflitos entre humanos e animais. A disseminação de informações precisas e o uso de uma coleção biológica como ferramenta de ensino baseado em ciência são iniciativas necessárias para mudar a percepção da população e valorizar os répteis e anfíbios. A interação com a comunidade externa, por meio de visitas guiadas e palestras externas, é uma forma de direcionar e ampliar a demanda existente por informações sobre esses animais. A parceria com a Casa da Ciência e o Museu da Biodiversidade da UFPB fortalece as ações de extensão e a disseminação do conhecimento científico. A coleção biológica é uma ferramenta educacional valiosa que permite aos estudantes explorarem e compreenderem a diversidade da vida, desenvolver habilidades práticas e se tornar conscientes da importância da conservação da biodiversidade. As atividades relacionadas à coleção também promovem valores cidadãos e contribuem para a formação de uma sociedade mais engajada na proteção do meio ambiente. O acesso às informações científicas confiáveis e atualizadas sobre a biodiversidade e sua conservação proporciona uma compreensão mais profunda dos ecossistemas e dos desafios enfrentados. Objetiva-se promover e/ou facilitar a sensibilização e a conscientização ambiental, valorizar os répteis e anfíbios, fortalecer a relação entre a ciência e a sociedade e formar cidadãos mais conscientes e responsáveis.
2. @CoralEuCuido: Uma Rede Social Voltada a Promoção de Ações de Sensibilização Ambiental para Conservação dos Recifes (Coordenação: Cristiane Francisca da Costa Sassi) - O uso de redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok, etc.) como ferramenta de educação tem sido uma prática comum atualmente. A rede social Instagram, cujo foco é a postagem de fotos, tem sido bastante utilizada por diversos órgãos governamentais e não governamentais para transmissão de conteúdos ambientais, gerando nos seguidores um repensar de suas condutas e posturas. Os sites ambientalistas também demandam um engajamento ambiental bastante significativo, principalmente quando o objetivo é obter informação segura, suscinta e explicativa. Nesse sentido, as redes sociais e sites de instituições de ensino e pesquisa têm se tornado uma ferramenta bastante atrativa para muitas pessoas que buscam informações seguras e de qualidade e o seu papel como fornecedor de informações aos usuários tem sido de grande interesse para a academia. Associar, portanto, atividades educativas ao uso de rede social amplia o público a ser alcançado, transcende as atividades presenciais e garante um maior engajamento nas questões ambientais. É nessa linha que a presente proposta pensa em atuar para sensibilizar as pessoas sobre a importância da conservação dos ecossistemas recifais. Apesar dos recifes de corais serem considerados áreas de Hotspots de biodiversidade e suportarem mais de 25% de toda vida marinha conhecida no planeta, esses ecossistemas estão entre os mais ameaçados do mundo, quer seja por efeitos antropogênicos (atividades turísticas desordenadas, por exemplo) ou devido às mudanças climáticas globais. Desenvolver atividades educativas que sensibilize as pessoas a prática de condutas conscientes durante as visitações aos recifes e/ou instruir pessoas sobre as importâncias da conservação dos recifes de corais é uma necessidade urgente, na conjuntura da década do oceano. A presente proposta busca dar continuidade ao desenvolvimento das ações de sensibilização ambiental para a conservação dos recifes costeiro da Paraíba, para isso serão realizadas as ações de sensibilização na rede social (Instagram) e seite do projeto CoralEuCuido e no espaço Aquário Paraíba, um importante parceiro do projeto. Na rede social a equipe pretende fazer de 1 a 2 postagens por semana, sendo estas agrupadas em três categorias: biodiversidade (divulgando fotos da fauna e flora dos recifes), estado de conservação dos recifes (divulgando fotos sobre as condições de saúde dos corais, e as ameaças as quais eles estão submetidos) e campanhas educativas (divulgando as condutas conscientes do manual elaborado pelo MMA; e fotos de membros da equipe do projeto realizando ações educativas). No espaço do Aquário Paraíba, a equipe continuará com as campanhas que já vem sendo realizadas e através de agendas quinzenais montará no hall de entrado do espaço Aquário, uma mesa de orientação, onde haverá uso dos materiais educativos que foram elaborados durante o Ano 1 do projeto CoralEuCuido (cartilhas, faixas e banners, etc.) que contém informações acerca da biodiversidade do local, condições de saúde dos corais, e os tipos de condutas conscientes que devem ser praticadas ao se visitar os recifes de corais. A avaliação da eficácia das ações será realizada de duas maneiras: por meio de enquetes programadas na rede social (Instagram), monitoramento dos insights das campanhas, avaliando quais campanhas tiveram maiores engajamento, comentários e curtidas, além do monitoramento do site do projeto. Nas ações que ocorrerem no espaço do Aquário Paraíba a avaliação será realizada por meio de uma pesquisa de satisfação da experiência vivenciada. Para isso, antes que o visitante adentre no recinto dos animais do aquário, ele será incentivado a registrar em uma planilha que ficará na mesa onde estão expostos o material educativo, seu grau de satisfação sobre as orientações recebidas, idade e local de moradia. Caso o participante não queira registrar no momento sua avaliação, será perguntado se ele deseja participar da avaliação de forma remota. Nesse caso será utilizado um questionário estruturado elaborado na plataforma Google Forms, contendo perguntas sobre grau de relevância das informações repassadas, relevância da ação para a conservação dos recifes, e relevância do material educativo utilizado. O link do questionário será encaminhado por “WhatsApp” de cada participante. Os dados obtidos serão analisados e utilizados para aprimorar as ações. A proposta visa integrar a universidade com a sociedade, buscando qualidade ambiental e propor parceria e meios de implementação de ações e conservação dos recifes costeiros da Paraíba.
3. Laboratório de Entomologia DSE/UFPB Explora o Mundo das Formigas: Desvendando o Papel Social das Formigas (Coordenação: Antônio José Creão Duarte) - Os insetos são essenciais para a biodiversidade e ecossistemas, desempenhando funções vitais como a reciclagem de nutrientes, dispersão de sementes e controle de pragas, além de serem fontes de alimento para muitos animais. Apesar de sua importância, os materiais didáticos de ensino básico tratam o tema de maneira superficial, muitas vezes focando apenas nos aspectos negativos dos insetos, como sua atuação como pragas e vetores de doenças. Para ampliar a compreensão sobre a importância dos insetos e promover uma educação cidadã, este projeto visa criar e implementar materiais didáticos que destaquem a biodiversidade e os benefícios proporcionados pelas formigas, em escolas da cidade de João Pessoa - PB. Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o projeto pretende garantir uma educação de qualidade, especialmente em educação ambiental, para crianças e adolescentes de escolas públicas. Baseando-se na abordagem de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), o projeto visa desenvolver um senso crítico nos estudantes sobre o impacto da evolução humana no meio ambiente. As atividades incluem a elaboração de kits didáticos sobre formigas, criação de material 3D, roteiros, vídeos explicativos e questionários para avaliar o conhecimento dos alunos antes e depois das intervenções. As ações educativas serão conduzidas por uma equipe composta por biólogos, docentes e discentes do curso de Ciências Biológicas da UFPB, em colaboração com professores de escolas públicas. Espera-se que essas atividades promovam a compreensão da importância da preservação ambiental e dos serviços ecossistêmicos prestados pelas formigas, contribuindo para a alfabetização científica e a conscientização ecológica dos alunos.
4. Educação Ambiental na Promoção dos DOS ODS/Agenda 2030 e do Protagonismo Ciência (Coordenação: Antônia Arisdélia Fonseca Matias Aguiar Feitosa) - A Educação Ambiental (EA), na perspectiva crítica, comunga com os ideais da sustentabilidade e das prerrogativas da Agenda 2030 na concepção de formar cidadãos críticos, capazes de atuarem individual e coletivamente em prol de transformações sociais, tendo como horizonte a criação de sociedades em que a coexistência entre todos os seres torne-se realidade. A agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Ela busca fortalecer a paz universal com mais liberdade; Prevê os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de forma integrada e indivisível, e equilibram as três dimensões: a econômica, a social e a ambiental. A promoção de oportunidades de aprendizagens é fator essencial para o alcance dos ODS. Para vencer os desafios locais, regionais, nacionais e globais precisamos de novas competências, habilidades, valores e atitudes que assegurem sociedades mais sustentáveis. Nesse sentido, a Educação Ambiental se configura como estratégia para responder a estes desafios definindo estudos, aprendizagens e ações que empoderem e inspirem as pessoas aos princípios da sustentabilidade ambiental e humana. Ações ambientais vêm sendo desenvolvidas ao longo do tempo por setores e pessoas nos diferentes segmentos sociais, com impactos positivos para o meio ambiente e qualidade de vida. Contudo, algumas destas ações não ganham repercussão e são invisibilizadas pela sociedade, inclusive pela comunidade científica, a exemplo da popularização dos trabalhos acadêmicos dirigidos por mulheres. Portanto para entender qual a importância da preservação dos avanços sociais desenvolvidos por mulheres é preciso conhecer esses progressos e suas autorias, além dos motivos para necessitar da proteção social. O projeto tem como objetivos: promover a EA nos espaços formais e não formais de aprendizagens à luz da educação científica e dos objetivos do desenvolvimento sustentável/Agenda 2030; Analisar a participação das mulheres nas lutas em favor do meio ambiente, desenvolver ferramentas didáticas e pedagógicas para dar visibilidade às participações acadêmicas efetuadas por mulheres, possibilitando novas pesquisadoras e contribuindo para equidade de gênero. As atividades serão realizadas sob a mediação da Casa da Ciência do CCEN/UFPB em diferentes espaços educativos (formais ou não formais) mobilizando ações por meio de minicursos, oficinas pedagógicas e eventos para intercambiar os saberes advindos do ensino, pesquisa e extensão universitária. Os espaços parceiros das nossas ações serão: Parque Zoobotânico Arruda Câmara, Instituto Voz Popular da Comunidade São Rafael, Escola Estadual Antonia Rangel de Farias e Casa da Ciência/DSE/CCEN. O período de realização compreende 1º de agosto de 2024 a 30 de julho de 2025 e as ações estão organizadas em duas etapas. A primeira etapa ocorrerá por meio de cursos de formação destinados ao público parceiro, além de escolas e comunidades que visitarão à Casa da Ciência por agendamento/ articulado (serão realizados contatos intencionais para formação de grupos e proposições temáticas para a produção de conhecimentos, análises e planejamento da EA). Planejamento e realização de um minicircuito com o propósito de mostrar as mulheres dentro de momentos importantes para educação ambiental como um todo. A partir dessa exposição seria possível mostrar os grandes trabalhos ocultos, ou seja, trabalhos que tiveram e tem muita importância social, mas que não são associados aos rostos das mulheres que os inventaram (Pode ter uma pegada Histórica e Social). A segunda envolverá a promoção da educação ambiental/científica junto às entidades parceiras, em diferentes espaços por meio de intervenções e eventos itinerantes tendo produções utilizadas nas oficinas e circuitos como ferramentas pedagógicas para estudos ambientais buscando o protagonismo de mulheres que atuam nas escolas e nas comunidades (por meio de articulações e agendamentos para exposições das coleções e realização de oficinas pedagógicas em diferentes espaços educativos – formais ou não formais). As ações serão acompanhadas com avaliações contínuas para ajustar e adequar as intervenções conforme as demandas aconteçam ao longo da execução, sempre compartilhadas com as entidades parceiras. Como resultado, espera-se que os conhecimentos mobilizados e o material produzido (infográficos em cards; palestras, visitas de campo, oficinas, kits didático-pedagógico e folders) orientem valores vinculados a relação de gênero, e impactem na formação dos estudantes da graduação por meio da integração entre o ensino, pesquisa e extensão, do público-alvo de modo a contribuir para o alcance dos ODS/Agenda 2030 em abrangência local, regional e global. A expectativa é que as ações contribuam para popularizar os conhecimentos acadêmicos no seio da sociedade, promovendo a compreensão dos direitos e responsabilidades com a construção de um mundo melhor para todos, comprometidos com a justiça ambiental, social, conservação, sustentabilidade e direitos humanos.
5. A Coleção de Mamíferos da UFPB como Ferramenta de Conservação Ex-Situ e Divulgação Científica: Ano II (Coordenação: Jeronymo Dalapicolla) - Coleções biológicas são repositórios sistematizados da vida em nosso planeta consistindo normalmente de organismos e materiais biológicos associados, como amostras de tecido e de DNA, fichas de campo e fotografias. Grande parte da riqueza de informações contidas nas coleções tem sido usada para a pesquisa, enquanto que a maioria das ações de divulgação envolvendo as coleções biológicas estão ligadas às visitas presenciais ou ao transporte de parte do acervo para feiras, espaços públicos ou escolas. Essas ações são importantes, mas podem restringir o acesso à informação de parte da população que não frequenta esses espaços formais e não-formais de ensino. O objetivo desta ação de extensão é divulgar a importância das coleções biológicas para conservação ex-situ, usando o exemplo da coleção de mamíferos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) nas redes sociais, mostrando o dia-a-dia da coleção, o processo de curadoria, as pesquisas e os projetos de educação desenvolvidas a partir de seu acervo. A divulgação científica é uma das formas de diálogo entre a sociedade e a universidade, desempenhando um papel essencial no acesso à informação, no combate ao negacionismo científico, podendo ser usada como uma forma de promover uma sociedade informada que baseia suas ações em evidências. Essa ação já atingiu em seu primeiro ano 500 pessoas, demonstrando a importância e o papel das coleções biológicas para conservação ex-situ e para a ciência e nesse segundo ano espera-se atingir outras 500 pessoas. Dessa forma espera-se que o público-alvo, ao ter contato com o material apresentado por esta ação, possa aprender mais sobre a natureza, endossar as informações apresentadas, considerar as coleções e museus como fontes confiáveis de informações sobre a biodiversidade, fortalecendo e apoiando esses espaços.
6. De Olho nos Insetos: Educação e Conservação na Mata do Buraquinho (Coordenação: Alessandra Pereira Colavite) - Os insetos desempenham um papel crucial na natureza, realizando atividades como polinização, decomposição de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, além de serem fundamentais economicamente. Mas apesar disso, estes animais são vistos frequentemente de maneira negativa, o que acaba contribuindo para o aumento da destruição ambiental e diminuição de suas populações. Deste modo, a educação ambiental é essencial, pois promove uma nova visão sobre estes animais, incentivando a conservação da biodiversidade. As trilhas interpretativas temáticas são uma estratégia eficaz para sensibilizar discentes e a comunidade não-acadêmica sobre a importância dos insetos, além de abordar temas como conservação, impactos ambientais e ciência cidadã. Este projeto tem como objetivo promover a consciência ecológica de discentes e do público externo, dialogando aspectos da ciência e sociedade através de educação ambiental com foco em insetos e sua biodiversidade, bem como propiciar oportunidades de aprendizado através da troca de conhecimentos entre as esferas científica e do saber popular em espaços não formais, promovendo a sensibilização sobre insetos e incentivo à participação cidadã na ciência. O projeto será realizado no Jardim Botânico Benjamim Maranhão, em João Pessoa, PB, conhecido popularmente como Mata do Buraquinho, de agosto de 2024 a julho de 2025, e que terá como público-alvo os discentes do curso de Ciências Biológicas da UFPB e os visitantes do referido espaço de lazer. O projeto envolverá três etapas: (i) a capacitação dos discentes e colaboradores para a produção de materiais de divulgação científica para posterior aplicação, bem como a troca de conhecimentos com o saber popular dos visitantes; (ii) a realização de trilhas ecológicas na Mata do Buraquinho focando na diversidade de insetos, sua função e importância no ecossistema; as trilhas serão realizadas entre outubro de 2024 e março de 2025, de forma a coincidir com o período de férias escolares e a estação seca em João Pessoa, e serão abertas à comunidade, com apresentações sobre a diversidade de insetos, através da observação de insetos vivos, registro fotográfico e discussões finais que venham a desenvolver no público-alvo a sensibilização acerca da importância da conservação da diversidade dos animais no meio ambiente; espera-se que os discentes e o visitantes do local, através da troca de conhecimentos, ampliem suas experiências e possam fazer reflexões, desenvolvendo assim o senso crítico e sua cidadania; e, por fim, (iii) a preparação e a sensibilização para a melhoria nas habilidades profissionais dos discentes envolvidos com o projeto, através das tratativas pela valorização do conhecimento das populações de insetos e da natureza; em seguida os discentes farão a inserção dos resultados do projeto nas plataformas iNaturalist e Instagram como forma de proporcionar a divulgação e internacionalidade dos dados obtidos. Espera-se que a experiência promova reflexões e senso crítico nas comunidades acadêmicas e o público externo, valorização da diversidade de insetos na natureza, bem como o desenvolvimento de habilidades profissionais na equipe realizadora do projeto. A ação de extensão busca fortalecer a ligação entre ciência e sociedade, beneficiando tanto a equipe quanto o meio acadêmico. Os resultados esperados incluem materiais impressos entregues ao Jardim Botânico, publicação de artigos científicos, banners e vídeos, que serão submetidos para divulgação e sensibilização da temática junto à sociedade.
7. “Doces Prejuízos: Construindo Saberes sobre o Impacto do Cultivo da Cana-de-Açúcar nos Mamíferos e nos Serviços Ecossistêmicos Prestados” (Coordenação: Pedro Cordeiro Estrela de Andrade) - A tomada de consciência da origem dos impactos ambientais está no cerne da construção da cidadania. Apesar do açúcar ser o maior produto de exportação da Paraíba, e de muitos outros estados brasileiros, a sua origem, no plantio da monocultura de cana-de-açúcar trouxe importantes impactos ambientais. A contribuição atual do etanol de cana-de-açúcar na descarbonização da economia, complexifica a analise e demanda pela construção de novos saberes e caminhos para um desenvolvimento sustentável. Buscando contribuir nos processos de alfabetização científica, disseminação de informações para a sociedade, e construção de novas perspectivas, o presente projeto visa expor a relação de mamíferos com a agricultura, através do usufruto da coleção de mamíferos da Universidade Federal da Paraíba, fundada em 1978, que possui um acervo científico e expositivo. Os mamíferos que interagem de forma direta com a monocultura de cana-de-açúcar podem ser impactados por essa, mas também prestar serviços ambientais dentro dos cultivos. Morcegos insetívoros atuam no controle biológico de insetos-praga durante o forrageio aéreo sobre o cultivo de cana-de-açúcar. Os primatas, roedores e morcegos possuem papeis de serviços ecossistêmicos fundamentais de recuperação de áreas degradadas, atuando na dispersão de sementes. Em contraponto os mesmos animais são expostos à agrotóxicos e metais pesados oriundos das atividades agrícolas que podem comprometer a saúde destes e reduzir os serviços ecossistêmicos prestados, aumentando a demanda e os gastos com pesticidas. Ademais, os pequenos mamíferos que adentram as plantações são potenciais bioacumuladores, de metais pesados e pesticidas que podem biomagnificar na cadeia trófica oferecendo riscos para os predadores, ou comprometer seu sistema imune, facilitando ou amplificando a circulação de parasitas. O presente projeto pretende assim formatar visitas mediadas à coleção de mamíferos da UFPB para desenvolver esta temática complexa e construir novos conhecimentos. A coleção biológica atua desde 2013 como um facilitador da alfabetização científica na educação básica e contribuinte da ciência cidadã através de visitas em escolas, apoio a projetos de licenciatura, TCCs e mestrados na confluência da pesquisa e extensão, realização de exposições, empréstimo de material para mostras, divulgação de informações em redes sociais capacitação de monitores e visitas presenciais à coleção. Até o presente momento as visitas mediadas foram principalmente focadas no impacto da urbanização. Como forma de avaliação serão construídas nuvens de palavras e analise de discurso com os cometários dos participantes com o objetivo de observar as impressões dos ouvintes e como os conceitos abordados são percebidos e criticados, através dos temas: ecossistemas, biologia dos organismos, biodiversidade, hábitos alimentares e conservação, contribuindo para o ensino de Ciências e Biologia.
8. Saneamento Básico Ecológico como Forma de Redução de Impactos e Melhoria de Qualidade de Vida Humana (Coordenação: Maria Cristina Basílio Crispim da Silva) - A maioria dos lençóis freáticos superficiais localizados em áreas urbanizadas está contaminada por coliformes fecais. Essa contaminação é advinda da presença de fossas nas residências localizadas perto desses poços. Além disso, devido ao não tratamento adequado de esgotos domésticos, os ambientes aquáticos superficiais também recebem uma grande carga orgânica, tornando-se eutrofizados. Essa contaminação alcança o ambiente marinho, tornando as praias impróprias para banho na maior parte do ano, o que afeta a imagem das cidades e impacta negativamente a economia. Uma das formas de conseguir diminuir essa contaminação é a construção de fossas ecológicas, como Tanques de evapotranspiração (TEvap) (para águas do bojo) e círculos de bananeiras (para águas servidas), tecnologias socioambientais propostas pela permacultura e já aplicadas em residências em João Pessoa, Conde, Areia, etc., com sucesso ao longo dos 8 anos deste projeto. O laboratório de Ecologia Aquática da UFPB desenvolveu uma fossa ecológica, adaptada a partir do TEvap e que gera água para reuso, que auxilia no tratamento adequado do esgoto, que é denominada de TEWetland. O TEWetland é dimensionável e é uma Pequena Central de Tratamento de Esgoto. Os rios urbanos, e estuários sofrem com o excesso de poluentes originados de esgotos sem tratamento. A proposta deste projeto é levar esses modelos de fossas ecológicas para residências próximas aos rios, nos municípios de Mataraca, Pitimbu e outros locais, demandados pelos seguidores do instagram (mais de 1000 seguidores) do grupo de extensão e realizar um trabalho de aumento de conscientização em relação às questões ambientais, principalmente a contaminação de águas subterrâneas e uso dos lençóis freáticos, assim como a possibilidade de melhorar a qualidade dos próprios rios e estuários que passam pelas cidades. O projeto tornou-se internacional em 2023, quando foi ministrado um curso de capacitação, via FLUEX, online, para a construção de fossas ecológicas, em conjunto com doutorando do PRODEMA, em que foi ministrado um curso e construídos um TEWetland e um TEvap, em Guiné Bissau. Nessas ações de melhoria da sensibilização dos moradores para as questões ambientais, espera-se que os residentes autorizem a construção das fossas ecológicas e aceitem aprender a construí-las e auxiliem na sua construção. As fossas ecológicas permitem o tratamento dos resíduos líquidos domésticos, seja das águas cinzas, seja das negras, reaproveitando as águas residenciais na produção de alimentos, e no caso do TEWetland também para outros reusos. Com a construção de fossas ecológicas espera-se que diminua a contaminação do lençol freático e dos rios e se tenha melhor qualidade ambiental e qualidade de vida humana. Este projeto atende 6 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: 3 - saúde e bem estar, 6 - água potável e saneamento, 11 - cidades e comunidades sustentáveis, 14 - vida na água, 15 - vida no solo e 17 - Parcerias.
9. Iara: Beleza das águas - Ano 2 (Coordenação: Ana Carolina Figueiredo Lacerda) - A crise ambiental afeta jovens e gera ansiedade climática. O projeto "Iara - beleza das águas" busca trocar experiências com a comunidade na temática da Ecologia Aquática, abordando a biodiversidade, o ciclo da água e os impactos das atividade humanas nesse ciclo. Além disso, o projeto foca em criar uma atmosfera positiva, diante das intervenções benéficas no meio ambiente, que cada indivíduo pode realizar no dia a dia. O público-alvo externo são alunos do ensino fundamental 2 e público interno são os discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. A extensão universitária é importante para produzir saberes transformadores e gerar soluções para demandas emergentes, e o projeto prevê a produção de materiais de trabalho, como cartilha e livro de histórias, e a manutenção e aprimoramento de um perfil para divulgação das atividades e divulgação científica.
10. Barraca da Ciência: Botânica e Tecnologias Para Agricultura Agroecológica (Coordenação: Fernando Ferreira de Morias) - Proposta do Laboratório de Botânica Aplicada à Agroecologia é promover a extensão universitária como uma forma de envolver o público interno e externo à universidade no diálogo de saberes do conhecimento científico e acadêmico, contribuindo para a formação dos estudantes, educação científica e diálogo sobre ciência Botânica e tecnologias para agricultura agroecológica. A abordagem adotada é pautada pela interação dialógica entre a comunidade acadêmica e a sociedade, abordando questões presentes no contexto socioambiental, visando o desenvolvimento local e regional. No âmbito dessa abordagem, o "Projeto Barraca da Ciência " em sua terceira edição, vem através do estabelecimento de parcerias significativas com organizações externas, representado aqui pela Escola Integral Técnica João Goulart, além de colaborações internas a partir do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET-DEGEOC), do Projeto Mares Sem Plástico (DQ) e do Projeto Saberes e Fazeres (DEMAT), além da parceria com o grupo de Pesquisa de Agroecologia e Tecnologia para Agricultura Familiar. Essas parcerias buscam fortalecer a formação cidadã de estudantes da Universidade Federal da Paraíba, bem como, a popularização do conhecimento acadêmico em consonância com sustentabilidade ambiental de forma multidisciplinar. A metodologia adotada valoriza a vivência e os saberes populares, e vem por meio do diálogo fortalecer a troca de conhecimento. A abordagem da Barraca da Ciência é interprofissional e interdisciplinar, permitindo uma visão abrangente e integrada das temáticas abordadas que favoreçam a difusão da agroecologia enquanto ciência e práxis. A articulação entre ensino, extensão e pesquisa é central e embasada em um processo pedagógico horizontal, alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Agroecologia. Dessa forma, nosso objetivo é integrar o conhecimento científico com o saber popular, estimulando a troca de saberes e contribuindo para o diálogo sobre Botânica e Tecnologias Para Agricultura Agroecológica e visa abordar temas como Botânica aplicada, Tecnologias Sociais para produção agroecológica, contribuindo assim para a conservação da biodiversidade e agrobiodiversidade, de forma a sensibilizar e engajar a comunidade sobre a importância dessas questões. Propomos atividades práticas na escola, bem como, espaços públicos, como feiras agroecológicas, Parques na busca de conhecer e dialogar a importância das plantas em seus diferentes aspectos, estimular a adoção de práticas sustentáveis na produção agroecológica, visando a construção de um futuro sustentável, equilibrado e harmonioso do ponto de vista socioambiental.
11. Algas à Vista: Conhecer para Preservar, através da Divulgação Científica na UFPB (Coordenação: Luanda Pereira Soares) - Um dos grandes desafios das universidades é fazer com que as pesquisas científicas com temas de interesse público não se limitem ao ambiente acadêmico, traçando estratégias para informar e interagir com a sociedade. Na Biologia, um dos temas mais difíceis de popularizar e despertar o interesse da população é a Botânica, onde as algas são ainda mais negligenciadas, tanto na sociedade quanto na educação básica e superior. Desenvolver materiais complementares de ensino, destacar a importância das algas no dia a dia e fazer divulgação científica são alguns meios para mudar essa realidade. Tendo em vista que João Pessoa é uma capital litorânea, com um forte apelo turístico devido a suas belezas naturais e biodiversidade marinha, promover ações de conscientização e difusão de informações sobre a temática algas e oceanos é extremamente relevante. Assim, se faz premente mudar a percepção da comunidade acadêmica e não acadêmica, onde a Zoologia geralmente recebe mais holofotes. O projeto Algas à Vista tem como objetivos: (1) mitigar a impercepção botânica, mostrando a importância das algas e assuntos correlatos no cotidiano da população, especialmente da Paraíba, através da divulgação científica nas redes sociais; (2) produzir e disponibilizar materiais didáticos a serem utilizados dentro e fora da Universidade; e (3) desenvolvimento de ações extensionistas realizadas na Casa da Ciência da UFPB (CCEN/DSE). Sendo assim, as atividades serão realizadas nestes três eixos de atuação, permitindo a interação da UFPB com demais setores da sociedade, visando, também, o protagonismo dos discentes. Os temas previamente selecionados serão preparados em formatos para divulgação científica, como publicações em carrossel, com legendas na forma de textos de divulgação, vídeos e e-books. Os materiais serão elaborados utilizando uma linguagem descomplicada para a população não acadêmica. Os materiais didáticos, especialmente jogos, produzidos serão produzidos pelos discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFPB e serão disponibilizados na página do projeto, para que possam ser utilizados por outros estudantes e professores. A equipe do projeto participará ativamente da programação de atividades desenvolvidas na Casa da Ciência, de acordo com a demanda do espaço. Com o desenvolvimento das ações, estima-se a difusão de informações sobre o que é produzido na Universidade, e que o público externo e interno possa relacionar os conteúdos abordados com o seu cotidiano, conscientizando a sociedade paraibana sobre a importância das algas, da biodiversidade e do ambiente marinho, combatendo a Impercepção Botânica. Espera-se também que com os conteúdos didáticos compartilhados, outros professores da educação básica e superior possam se atualizar e aplicar as atividades didáticas em suas turmas, tornando o ensino de Botânica mais atrativo aos estudantes. Assim, será promovida a conscientização desses temas negligenciados, de forma cidadã, em uma troca entre academia e sociedade, além de contribuir para a formação docente e instruir cidadãos com maior capacidade crítica, reconhecendo problemas na sua própria cidade e no seu cotidiano. 
12. “Casa da Ciência UFPB: Intercâmbio de Saberes e Processos Educativos na Universidade, na Escola e na Comunidade - 2024-2025” (Coordenação: Maria do Ceo Rodrigues Pessoa Barros) - O crescente avanço das tecnologias e o surgimento de novas problemáticas socioambientais trouxeram a necessidade urgente de se democratizar o conhecimento científico em diferentes camadas da sociedade, a fim de que o mesmo se torne ferramenta de transformação social em favor da vida no planeta. Como o conhecimento científico não alcança de maneira satisfatória todos os espaços sociais faz-se urgente e necessária à utilização de estratégias educacionais variadas para que oportunizem a apropriação do conhecimento científico-tecnológico aos diferentes contextos sociais, e viabilize o desenvolvimento de habilidades socioambientais cidadãs de modo integral, e que possam ser aplicáveis à sociedade de maneira contextualizada, mais igualitária e em tempo razoável. O presente projeto tem como objetivo geral desenvolver estudos e intervenções educativas em Ciências Biológicas, promovendo diálogos, reflexões e ações interdisciplinares, em ambientes formais e não formais de ensino, com vistas à socialização do conhecimento científico em diferentes contextos sociais, e a melhoria na relação sociedade-natureza, à luz da educação científica e dos objetivos do desenvolvimento sustentável/Agenda 2030. Na proposta vislumbra-se a integração entre a alfabetização cientifica, popularização da ciência e a valorização das coleções biológicas da universidade para além da comunidade acadêmica. O projeto envolverá a comunidade acadêmica da Universidade Federal da Paraíba (campus 1), escolas de educação básica de João Pessoa e espaços públicos onde é possível o contato com a sociedade civil, como o complexo do Parque Parahyba, o Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) e também as praias urbanas do litoral de João Pessoa. Serão realizadas diversas ações formativas visando implementar ações pedagógicas e científicas com vistas a produção do conhecimento e aprendizagens colaborativas, utilizando-se a abordagem Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente. Os atores envolvidos serão instruídos no sentido de identificar problemas cotidianos, refletir e buscar soluções, ampliando a sua conscientização ambiental, sendo incentivados e equipados tecnicamente para a tomada de decisões com consciência cidadã, assumindo e multiplicando estilos de vida que visam à sustentabilidade. O trabalho utilizará como metodologia a pesquisa-ação, através da qual os extensionistas poderão realizar observação participante, colaborando ativamente com a comunidade, e apreendendo de maneira mais profunda as suas necessidades. Para a exploração dos conteúdos, será adotada uma abordagem investigativa com uso de metodologias ativas, promovendo –se a mobilização de conhecimentos científicos em biologia e meio ambiente e áreas afins, por meio de eventos como exposições, oficinas temáticas, fóruns, ciclos de palestras seminários e jornadas, entre outros. Para a realização destas ações/proposta foram firmadas parcerias com profissionais de dentro e fora da universidade, fortalecendo assim o elo universidade-sociedade e oportunizando a troca de experiências profissionais e a abordagem interdisciplinar. Os atores beneficiados pelas atividades do projeto serão discentes (de graduação e pós-graduação UFPB/UFPE), e docentes dos cursos de ciências biológicas (CCEN) e áreas afins da Universidade Federal da Paraíba; professores e estudantes da educação básica; representantes do Comitê Parque Parahyba e da Bica, além de voluntários das ações junto aos parques, da comunidade Jardim Oceania/Bessa, João Pessoa – PB, e de maneira geral, a sociedade. As ações a serem realizadas a partir desta proposta serão gerenciadas pela coordenação deste projeto, acontecendo de forma interdisciplinar e articulada com a equipe gestora da Casa da Ciência UFPB e colaboradores internos e externos. As ações desenvolvidas neste projeto passarão por um processo contínuo de avaliação, tendo esta como ferramenta orientadora. Serão realizadas reuniões de planejamento/avaliação com a toda a equipe, incluindo representantes das comunidades e escolas participantes, com vistas à adequação das ações frente às demandas sinalizadas pelo público alvo, bem como os extensionistas durante os processos avaliativos. Ao término da execução do projeto, serão produzidos relatórios, e manuscritos detalhando as atividades realizadas, e pesquisas de satisfação que permitirão avaliar o alcance dos objetivos e metas. Espera-se também divulgar os resultados desta ação em eventos científicos locais (como ENEX), nacionais (CONEDU) e internacionais (se possível), ou outros de mesma natureza, além de canais virtuais e redes sociais vinculados ao projeto.
13. Segurança Alimentar: Tecnologias Alternativas Aplicadas na Piscicultura em Comunidades de Pescadores e Piscicultores de Municípios de Estado da Paraíba (Coordenação: Jane Enisa Ribeiro Torelli de Souza) - Um dos direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal brasileira é a garantia de uma alimentação saudável e de boa qualidade para todo cidadão brasileiro. Assim, a extensão universitária vem contribuindo com um novo conceito de ensinar/aprender, enfatizando a relevância da questão de responsabilidade social num contexto em que cada dia mais a sociedade está requisitada a assumir sua cidadania. Desse modo, a presente proposta tem como objetivo a troca de conhecimento técnico e científico com o saber popular, de forma a ampliar a aplicação de tecnologias alternativas em sistema integrado da aquicultura com a agricultura, com aproveitamento dos resíduos gerados de águas residuais para fertilização na agricultura de subsistencia. A proposta fará a internacionalidade em colaboração com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo – Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Portugal, que contribuirá com a articulação do ensino, extrensão e pesquisa, proporcionando uma melhor qualificação dos discentes através da produção agroecológica na região que com a troca desses conhecimentos as comunidades se beneficiarão como aproveitamento dos resíduos na fertilização de produtos da agricultura familiar. E desse modo, essas ações promoverá mudanças acadêmicas no ambito da instituição, mais especificamente, na estrutura do Curso de Ciencias Biologicas da UFPB quando incorporado ao PPC a disciplina de Agroecologia e sustentabilidade ambiental, alem de atingir os setores da sociedade, resguardando alguns objetivos da ODS na Agenda 2030, assim apresentados: “ODS 2- Fome zero e agricultura sustentável”; “ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis”; e “ODS 12 – Consumo e produção responsável”, garantindo a segurança alimentar e a sustentabilidade do meio ambiente. As atividades serão desenvolvidas no formato presencial a partir de encontros teóricos e práticos, e de divulgação do projeto nas redes socias durante o período de 01 de agosto de 2024 a 31 de julho de 2025 com um publico interno (discentes, docentes e tecnicos) e externo representado pelas comunidades de pescadores e piscicultores do município de Santa Rita do Estado da Paraíba. As atividades serao realizadas a partir da troca de conhecimentos do publico interno com o externo a partir do meio teorico, metodologico e profissional, de forma a melhorar a formação do discente como cidadão crítico e responsavel, alem de aumentar a fonte de renda ao produtor aquatico e ao produtor agricola. Inicialmente, o público alvo, interno e externo será sensibilizado para a temática que permeia o projeto “sustentabilidade ambiental e sistema integrado de produção” com o intuito de provocar uma discussão sobre o entendimento das temáticas propostas. Em seguida, através de rodas de conversas, serão conhecidos os perfis socioeconômicos e as principais ocupações do público externo, para posterior caracterização das comunidades. Com a execução do projeto, os discentes serão orientados e capacitados no Laboratório de Ecologia Aquática/DSE/CCEN para as diversas atividades como: implementação da piscicultura nas comunidades, análises de águas residuais de viveiros (condições físicas e químicas), além do aproveitamento dos resíduos orgânicos gerados da agropecuária na região, para uso na formulação de ração artesanal a ser administrada na alimentação de peixes cultivados. Além dessas ações, os discentes e o público externo serão capacitados com tecnologias para o processamento (filetagem) e beneficiamento do pescado (hamburguueres, linguiça, almôndegas), aumentando assim, o valor agregado e a vida util ao pescado, desse modo, promovendo a garantia à segurança alimentar na população. Espera-se que os atores sociais sejam empoderados com a transferência de tecnologias aplicadas em sistema integrado de produção aquática a agricultura alem da aplicação de tecnologias para o aproveitamento de resíduos, de forma a contribuir com a qualificação dos discentes e das comunidades externas, melhorando a formação profissional e participação cidadã na sociedade.
14. Olhares para a Alfabetização Científica: Ciências da Natureza numa Abordagem CTSA- Ano V (Coordenação: Yen Galdino de Paiva) - Nas escolas, o ensino de Botânica e Química se dá de maneira superficial, rápida, muito teórica, descritiva e ricamente fundamentada na reprodução e repetição, por meio da memorização de termos específicos desestimulando a aprendizagem. Soma-se a isso a prática do ensino baseada majoritariamente no livro didático em que vários conceitos e temáticas são transmitidos de forma conteudista, pautados na fragmentação e supervalorização dos conteúdos. Isso reduz a dimensão da aprendizagem significativa e torna a Botânica e a Química desvinculada da contextualização e do cotidiano. Estabelecer conexões entre os conteúdos abordados em Biologia e Química e a realidade e cotidiano dos alunos contribui para a formação mais completa dos mesmos como cidadãos conhecedores da realidade em que vivem. Nesse contexto, a abordagem dos conteúdos botânicos e químicos na seara CTSA (Cidadania- Tecnologia- Sociedade- Ambiente) vem promover uma ressonância entre essas áreas e sua maior motivação e curiosidade em estudá-las, uma integração entre a escola e o cotidiano dos alunos, colaborando para uma imagem mais contextualizada socialmente da Ciência e seus conhecimentos gerados, ajudando os alunos a identificar problemas, formular soluções e tomar decisões com consciência cidadã, privilegiando o desenvolvimento do raciocínio em detrimento da transmissão unidirecional do conteúdo. O presente Projeto pretende fortalecer as relações de parceria entre UFPB (Professores, servidores técnico-administrativos e estudantes) e a comunidade da educação básica (estudantes e Professores de Ensino Médio de escolas públicas como ECIT Conego Francisco Gomes de Lima), visando entre outros objetivos: incentivar os estudantes do Ensino Médio a compreender conceitos botânicos e químicos através da abordagem CTSA; elaboração de matérias didático-pedagógicos como modelos, coleções didáticas, jogos etc a serem usados para mediar e melhorar o processo ensino-aprendizagem e planejar e desenvolver sequências didáticas a serem utilizadas durante as aulas e avaliá-las em termos de ensino e aprendizagem, elaborando propostas para a aplicação dos materiais em sala de aula. O projeto também propõe outras ações com parcerias (UEPB, Jardim Botânico Benjamin Maranhão e APNE) que visam convidar os atores da comunidade acadêmica e sociedade em geral a participar da extensão universitária além de promover a divulgação científica. Este projeto se caracteriza como uma Pesquisa de cunho qualitativo e quantitativo propondo a elaboração e a utilização de materiais didáticos alternativos (jogos, carpoteca, herbário didático etc) em oficinas e aulas práticas além de questionários semi-estruturados abordando diferentes aspectos relacionados ao perfil das aulas de Botânica e Química e as dificuldades em ensinar/aprender os conteúdos relacionados Espera-se com este projeto colaborar para melhoraria do processo de ensino-aprendizagem de Botânica e Química dos alunos bem como para a formação permanente e continuada dos docentes das escolas e dos discentes, servidores e professores da UFPB. O projeto propõe fazer a internacionalização das ações com a Universidade Nova de Lisboa através da troca de conhecimento técnico-científico com foco na Educação de Qualidade. Espera-se colaborar para as três esferas constitucionais (extensão, pesquisa e ensino) contribuindo para a formação do público envolvido, colaborar para o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, competências e habilidades bem como para socializar os saberes e troca de conhecimentos e experiências.
15. Neurosaúde: Neurociência e Prevenção de Estresse para a Comunidade (Coordenação: Luiz Carlos Serramo Lopes) - O presente projeto visa informar a comunidade e desenvolver intervenções preventivas e terapêuticas relacionadas ao estresse no trabalho, estudo e outras dimensões da vida cotidiana. Através da divulgação de conhecimentos sobre como o funcionamento do cérebro pode ser modificado através de diferentes estilos de vida, estratégias de regulação e inteligência emocional. O objetivo do projeto é conectar a neurociência com a qualidade de vida da comunidade. Em complemento aos aspectos educativos, o projeto também fornecerá de forma gratuita o acesso a intervenções e técnicas para prevenção e regulação dos do estresse como por exemplo a mindfulness. Essas informações e intervenções serão veiculadas de forma presencial, semi-presencial e a distância através de grupos terapêuticos, aulas presenciais, mídias sociais e aplicativos em dispositivos móveis. Dessa forma espera-se que diferentes segmentos da sociedade que não possuam recursos e tempo disponíveis possam aprender a lidar melhor com o estresse físico e psicológico de forma a se tornarem indivíduos mais presentes e atuantes na comunidade.
16. Coleção de Invertebrados Paulo Young como Ferramenta na Educação Ambiental e Divulgação Científica – Ano IV (Coordenação: Jéssica Prata de Oliveira) - A Coleção de Invertebrados Paulo Young subsidia a geração de conhecimento sobre diversos grupos taxonômicos de invertebrados marinhos, desempenhando um papel de relevância na conservação ambiental. Explorar esse conhecimento através da educação ambiental possibilita sua difusão para o público externo à universidade. Nesse sentido, pretende-se, socializar o conhecimento documentado na referida coleção, enfatizando a importância das coleções biológicas para compreender a biodiversidade, visando contribuir para a formação de cidadãos conscientes e sensibilizados quanto às questões ambientais. Para tanto serão realizadas atividades pedagógicas voltadas para estudantes da educação básica da rede estadual e municipais de ensino do estado da Paraíba, como palestras, exposições e oficinas. Assim como exposições e oficinas sobre temas variados na Casa da Ciência UFPB, a qual recebe turmas de escolas públicas e privadas ao menos duas vezes por mês. Outras ações planejadas são a elaboração de kits didáticos com modelos 3D dos principais grupos que compõem a fauna de invertebrados marinhos da costa paraibana, bem como cartilhas educativas e pôsteres para ilustrar a biodiversidade marinha e informar sobre as problemáticas ambientais e condutas sustentáveis; a atualização do perfil do projeto no “Instagram” com frequência, visando divulgar descobertas e curiosidades sobre os invertebrados marinhos, bem como sobre os impactos ambientais aos quais estão expostos. Planeja-se realizar o monitoramento da espécie de bolacha-da-praia Mellita quinquiesperforata com base na ciência cidadã através de campanha no perfil do projeto e intervenções nas prais. Pretende-se ainda participar de ações externas junto a organizações parceiras, como “Semana Oceânica” e ações “Limpa Mar”. Além de promover cursos e oficinas sobre os invertebrados marinhos e apresentar os recursos produzidos pelo projeto às comunidades escolares parceiras e demais interessados, tais como professores de outras instituições e alunos de graduação e pós-graduação. Com a execução da presente proposta espera-se estimular a sensibilização e conscientização do público-alvo para com as questões ambientais, propiciando a adoção de posturas mais sustentáveis no seu cotidiano. 
17. Coleção Ictiológica da UFPB: Ensino, Pesquisa e Extensão Rumo aos 50 Anos de História (Coordenação: André Luiz da Costa Castro) - Este projeto visa promover a disseminação do conhecimento científico sobre a ictiofauna brasileira e a importância da conservação dos ecossistemas aquáticos, utilizando as coleções ictiológicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como principal recurso. Através de uma abordagem que combina teoria e prática, serão desenvolvidas estratégias educacionais e de divulgação, incluindo a criação de um site educativo, uma página no Instagram e parcerias com escolas e instituições locais. O objetivo é sensibilizar a população sobre os desafios enfrentados pela biodiversidade aquática e engajá-la na conservação dos recursos naturais. Espera-se que este projeto resulte em uma maior compreensão da importância das coleções ictiológicas, uma melhor divulgação do conhecimento científico, maior conscientização sobre a conservação dos ambientes marinhos e uma maior participação da comunidade nas iniciativas de preservação ambiental.
18. LabTermes Vai às Escolas e Pergunta: Os Cupins são Mocinhos ou Vilões? Ano III (Coordenação: Rozzana Esther Cavalcanti Reis de Figueiredo Chaves) - Materiais pedagógicos alternativos podem ser ferramentas úteis para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem em escolas de ensino básico. O ensino das Ciências Biológicas necessita de atenção especial por parte dos docentes, uma vez que os conceitos, em geral, tendem a não ser facilmente absorvidos pelos alunos apenas a partir da teoria e dos livros didáticos. Desta forma, o presente estudo objetiva auxiliar professores de ciências e biologia do ensino básico no processo de ensino dos conteúdos relacionados aos insetos. Para isso, serão fornecidos materiais didáticos alternativos e aulas complementares sobre características gerais dos cupins. Os kits educativos sobre os cupins serão construídos, utilizando representantes de cada casta, conservados em álcool 70% com base nos critérios da Ciência-Tecnologia-Sociedade, no qual se ampara na aplicação de conhecimento científico sem desvincular os aprendizados pessoais dos alunos ali assistidos. Os alunos da graduação envolvidos no projeto farão visitas às escolas públicas a fim de vistoriar, juntamente com os docentes e discentes, as instalações escolares para coletar material e observar os cupins na lupa. Posteriormente, o kit será aplicado aos docentes das escolas alvos e aos professores de ciências e biologia das próprias escolas. Adicionalmente, são apresentados vídeos, abordando os mais variados aspectos da sua biologia, como espécies pragas versus nativas, biodiversidade, biomassa, morfologia, ciclo de vida, dentre outros e levaremos pelúcias, banners, cupinzeiros e infográficos para explanação dos conteúdos. Esses últimos foram convertidos em QR Code, possibilitando o acesso de grupos de alunos com restrições visuais às informações apresentadas. O desenvolvimento do projeto será avaliado através da aplicação de questionário em dois momentos: antes e depois da abordagem. Além da parceria com cinco escolas públicas em João Pessoa, a presente proposta também participará dos eventos realizados pela Casa da Ciência UFPB, na Estação Térmitas. O kit produzido será disponibilizado, via empréstimos, aos professores das entidades envolvidas e das outras escolas em João Pessoa. Os conteúdos e resultados gerados serão divulgados via Instagram (@labtermesufpb). As ações desse projeto contemplaram mais de 2000 pessoas (ANOII) e, portanto, acredita-se que a contribuição da presente proposta é expressiva no processo de ensino-aprendizagem dos envolvidos e que por influenciar positivamente na percepção do público em geral para as funções e importância dos cupins no funcionamento dos ecossistemas, requer continuidade. 
Assessoria de Comunicação-CCEN|UFPB
Fones: (83) 3216-7431 | 98108-5251