por Edson Luiz Folador
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última modificação
25/02/2021 16h39
O sistema imune é a principal linha de defesa contra o ataque de patógenos e agentes
externos através do estabelecimento da inflamação. Este, é dividido entre imunidade
inata e adaptativa, a imunidade inata consiste em células de defesas presentes no
organismo responsáveis pela resposta imediata contra agressões, já a imunidade
adaptativa caracteriza a memória imunológica com principais componentes os
linfócitos T e B. Os linfócitos B, alvo do trabalho, são responsáveis por mediar a
resposta adaptativa através de linfócitos T CD4 auxiliares e produção de
imunoglobulinas de memória. Além disso os linfócitos B são capazes de secretar
diversas citocinas (IL-12, IL-10, TNFa, IFNy), que podem mediar sua ação bem como
controlar a resposta por linfócitos T. A descoberta de subpopulações de linfócitos B
produtores de IL-10 vem sendo cada vez mais estudada e evidenciada já que estes
podem atuar como supressores do quadro inflamatório. No presente estudo foram
analisados o perfil imunológico de indivíduos saudáveis pela quantificação de
subpopulações de células B de memória (CD3-CD19+CD27+CD38-), B de transição
(CD3-CD19+CD27-CD38+) e B imaturas (CD3-CD19+CD27-CD38++) e a expressão
de IL-10 e IFNy em cada uma dessas subpopulações além de comparação desses
níveis entre sexo. Foi visto que comparando aos demais níveis celulares, células B
CD38+ expressam, em maior quantificação IL-10 e IFNy. Isso pode indicar um
mecanismo de autorregulação. Além disso foi observado que indivíduos do sexo
feminino podem ter uma menor quantificação de células B com capacidades
imunossupressoras e maior expressão no microambiente celular de citocina pró-
inflamatórias, porém são necessários futuros estudos para que seja realizada uma
análise completa e mais aprofundada sobre o papel dessas subpopulações em
indivíduos saudáveis.
Palavras-chave: Bregs. Imunologia. Linfócitos B.
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2020.1
por Edson Luiz Folador
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última modificação
25/02/2021 16h40
Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas de origem microbiana que agem em interfaces
água/óleo ou óleo/água reduzindo as tensões superficiais e interfaciais entre elas e assim
tornando alguns compostos mais miscíveis. Em comparação aos surfactantes sintéticos,
apresentam diversas vantagens, como a biodegradabilidade e baixa toxicidade conferindo-lhes
relevada importância. Entretanto, apesar dos benefícios, o processo de produção de
biossurfactantes necessita ser barateado de modo a substituir os surfactantes sintéticos
existentes no mercado. A utilização de substrato de menor custo é uma estratégia de tornar o
processo mais competitivo em escala industrial. Resíduos agroindustriais, por serem compostos
altamente nutritivos para o desenvolvimento microbiano, são exemplos de meios de cultivo de
baixo custo para produção de biossurfactantes. Assim, o objetivo desse estudo foi a produção
de biossurfactante utilizando meio contendo extrato aquoso da algaroba e a água do
processamento úmido do milho e, ainda, analisar a toxicidade do biossurfactante produzido em
peixe-zebra (Danio rerio). Os experimentos foram conduzidos em incubadora shaker (200 rpm
a 37 ºC, 96 horas), utilizando a linhagem de Bacillus subtilis UFPEDA 16 em meio constituído
por 10 % (v/v) do extrato aquoso do macerado de milho e 20 % (v/v) de extrato aquoso da
algaroba. O crescimento microbiano foi acompanhado utilizando espectrofotometria (600 nm)
e peso seco, o consumo de substrato foi determinado por quantificação de açúcares redutores,
utilizando método DNS e a produção de biossurfactante foi determinada por índice de
emulsificação e precipitação ácida do meio cultivado. A fase exponencial observada durante o
processo foi de 0 a 48 horas, chegando à concentração máxima de biomassa de 4,64 g/L, do
qual foi possível registrar 6,2 g/L de consumo de açúcares redutores. O alto índice de
emulsificação foi constatado para óleo de motor (82 %) e óleo vegetal (64 %). Ao final do
processo, a concentração de biossurfactantes foi de 30 mg/L. Os parâmetros cinéticos que
foram avaliados, em relação à velocidade específica de crescimento (µxmax = 0,0170 h-1) e fator
de conversão de substrato em células (YX/S = 0,0517 gx/gs), foram satisfatórios quando
considera-se que o meio utilizado foi composto por resíduos agroindustriais, sem a utilização
suplementação nutricional. Foi observado baixa toxicidade do biossurfactante no organismo
modelo, obtendo um CL50 > 100 mg/L, divergindo dos surfactantes sintéticos, demonstrando
que o biossurfactante produzido não oferece risco ao ambiente. O meio utilizado, nas condições
analisadas, mostrou-se favorável ao crescimento da linhagem B. subtilis UFPEDA 16 e
produção de biossurfactantes de baixa toxicidade e de alta atividade emulsificante.
Palavras chave: Bacillus subtilis, extrato de algaroba, macerado de milho
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