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DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE NANOFIBRAS POLIMÉRICAS PARA A LIBERAÇÃO CONTROLADA DO HORMÔNIO 17β- ESTRADIOL

por Edson Luiz Folador última modificação 25/02/2021 16h34
A menopausa é uma fase biológica natural da vida feminina caracterizada pela diminuição da secreção de estrogênios e muitas vezes, é acompanhada de sintomas que comprometem a qualidade de vida da mulher. Para tanto, a terapia hormonal de reposição do estrogênio tem se mostrado positiva no controle dos sintomas da pós menopausa, sendo os estrogênios endógenos mais utilizados, dentre eles o estradiol, principal hormônio presente em mulheres na idade reprodutiva. Entretanto, uma administração em excesso do estradiol pode gerar uma condição de hiperestrogenismo, que pode causar hiperplasia do endométrio, edema e desconforto em membros inferiores, o que evidencia a importância de uma terapia hormonal de qualidade. Nesse sentido, as nanofibras são materiais que possuem pequena dimensão e grande área superficial, características que as tornam favoráveis para a aplicação como dispositivo de liberação de fármacos. Elas possuem a capacidade de promover uma liberação controlada dependente da degradação de sua matriz polimérica, o que gera menores taxas de perda do fármaco, menor necessidade de dosagens elevadas e anula a necessidade de um evento cirúrgico para remoção do dispositivo. Levando-se em consideração o potencial terapêutico das nanofibras para a liberação controlada de fármacos, este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência de nanofibras de PLA/PEG na liberação do hormônio 17β-estradiol como método de terapia hormonal. Foram sintetizadas duas nanofibras, uma controle, sem o hormônio, e uma nanofibra com 17β-estradiol, ambas pela técnica de Solution Blow Spinning (SBS). A solução para fiação foi composta por clorofórmio, ácido lático (PLA), polietilenoglicol (PEG) e hormônio 17β-estradiol. Através da Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) foi observada a presença dos polímeros PLA e PEG nas nanofibras, entretanto não foi possível identificar a presença do estradiol na nanofibra o incorporando, possivelmente devido a sobreposição dos picos poliméricos com os do hormônio ou problemas técnicos com o espectofotômetro utilizado. No experimento de liberação do hormônio o 17β-estradiol também não foi detectado pelo espectrofotômetro UV-VIS em comprimento de onda de 280 nm. Dessa forma, é necessário que outros métodos de caracterização sejam utilizados, como a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a análise termogravimétrica (TGA), objetivando identificar a presença do hormônio na nanofibra, e que o experimento de liberação controlada seja refeito. Também é interessante à pesquisa a elaboração de mais grupos de nanofibras afim de estabelecer a melhor condição de fiação da nanofibra. Palavras-chave: Estradiol, Menopausa, Nanofibras, Liberação Controlada