Notícias
Resultados de projeto constatam potencial para reintrodução da cafeicultura no brejo paraibano
(Fotos: Prof. Guilherme Podestá)
A cultura do café teve seu ciclo no Brejo Paraibano durante a segunda metade do século XIX até início do século XX, chegando a cerca de 6 milhões de pés de café plantados em municípios como Alagoa Nova, Areia, Bananeiras e Serraria. Por volta de 1920 a praga denominada Cerococus parahybensis se alastrou pelos cafezais e, juntamente com a falta de investimento e assistência técnica, a cultura foi praticamente dizimada da região.
Em 2017, O Professor Guilherme Podestá - Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais/CCA/UFPB - coordenador do projeto de iniciação científica intitulado “Resgate da Cafeicultura no Brejo Paraibano”, deu início às ações para o resgate da cultura na região, com o apoio do da Direção do Centro de Ciências Agrárias e de professores do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA/CCA/UFPB). A parceria foi firmada com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a qual forneceu sementes de 21 genótipos de Coffea arabica. O segundo trabalho com a cultura iniciou-se em 2019 e contou com seis variedades de Coffea arabica tradicionais das regiões produtoras de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Podestá afirma que "passados quatro anos, com resultados promissores, podemos dizer que a cultura do café tem potencial para ser reintroduzida na região. Acreditamos que os trabalhos com a cultura, além de serem uma excelente oportunidade de aprendizado para os estudantes do curso de Agronomia, de geração de conhecimento com a pesquisa científica, possam também representar uma nova oportunidade para a comunidade agrícola e o setor turístico da região. Novos projetos com o café já estão sendo elaborados, como na extensão rural, onde pretendemos ensinar métodos de produção de mudas e cultivo a produtores da região".