por Antropologia
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publicado
07/05/2018
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) e do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), promoverá rodas de conversa intituladas de “130 anos de abolição – As Áfricas que habitam em mim”, para debater a questão negra no Brasil, no Auditório da Reitoria, nesta quinta-feira, dia 10 de maio, das 9 às 17h, no campus I, em João Pessoa. As inscrições serão gratuitas e realizadas no local, com direito a certificado de 8 horas/aula.
No formato de mesas-redondas, serão discutidos o abolicionismo, sob a perspectiva dos trajetos, das ações e dos avanços na área da educação, e o período pós-abolição, a partir da república, além do genocídio negro. Também haverá apresentações culturais e o lançamento do livro “Por uma educação para os novos tempos”, de Ariosvalber Oliveira, do Movimento Negro de Campina Grande.
Até o dia 30, seguem exposições no hall do prédio da Reitoria, acerca da vida e da obra da feminista negra Lélia Gonzales; do processo de ensino/ aprendizagem de Biologia e a Lei 10639/2003 (que inclui, no currículo da Rede de Ensino, a temática "História e Cultura Afro-Brasileira"); e das contribuições de homens e de mulheres negras para a educação, ciência e tecnologia.
“Esse evento tem o objetivo de reafirmar a luta dos negros deste País e de resgatar a ancestralidade da matriz africana no nosso povo", afirma a diretora de gênero, raça e etnia do Sintespb Edna Moraes, responsável pela conferência de abertura do evento.
"Precisamos confrontar a violência e as diversas formas de opressão que negros sofrem nas ruas, no ambiente de trabalho. Também pretendemos discutir as políticas públicas que nos afetam negativamente, como a recente reforma trabalhista. Vamos desmistificar a abolição, que não foi dada, mas conquistada. Debateremos cotas, autodeclaração, acesso às universidades, genocídio dos jovens negros, configuração de novas famílias, questões de gênero. Desejamos desconstruir paradigmas e ocupar espaço no acadêmico”, argumenta a sindicalista.
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